FMI pede medidas para restaurar a confiança mundial
A instituição internacional pediu aos Estados para darem prioridade a quatro medidas, entre as quais a redução das barreiras comerciais e a modernização dos sistemas de pagamento transfronteiriços.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) instou os países a adotarem medidas para restaurar a confiança e evitar a fragmentação geoeconómica, numa altura em que a economia enfrenta “talvez” o maior desafio desde a Segunda Guerra Mundial.
Num documento divulgado esta segunda-feira, coincidindo com o início do Fórum Económico Mundial, em Davos, o FMI pediu aos Estados para darem prioridade a quatro medidas para restaurar a confiança mundial: reduzir as barreiras comerciais, promover acordos sobre a dívida dos países vulneráveis, modernizar os sistemas de pagamento transfronteiriços e enfrentar a mudança para a energia verde.
Segundo os dados do fundo, desde o início da guerra na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, 30 países adotaram até agora restrições ao comércio de alimentos, energia e produtos básicos, o que poderá ter custos enormes. A cooperação que existiu nas últimas três décadas permitiu tirar da pobreza extrema 1.300 milhões de pessoas, lembrou o FMI.
Para restaurar a confiança mundial, foi considerado prioritário fortalecer o comércio internacional para aumentar a resiliência por forma a que se reduzam as barreiras para aliviar a escassez de produtos, conseguindo fazer baixar o preço dos alimentos, entre outros.
A instituição liderada por Kristalina Georgieva defendeu também acordos para a reestruturação da dívida dos países mais vulneráveis, o que também teria um impacto positivo nos credores, segundo o FMI.
Por outro lado, o fundo propôs a modernização dos sistemas de pagamentos transfronteiriços, tendo em conta que o custo médio internacional das transferências é de 6,3%, o que implica, de acordo com os seus dados, que 45.000 milhões de dólares por ano acabem nas mãos de intermediários.
O FMI reconheceu também como prioridade relevante uma abordagem das alterações climáticas e da necessidade urgente de acelerar a transição energética.
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