Aumento de casos Covid-19 preocupa doentes imunodeprimidos na Andaluzia

Muitos doentes imunodeprimidos de Andaluzia estão a optar por fazer autoisolamento face ao número crescente de casos Covid-19 na região – cerca de 10 mil novos casos por semana desde a semana do 13 de maio, noticia a Servimedia.

Cerca de 2% da população de Andaluzia tem o seu sistema imunitário comprometido e, apesar de a administração da quarta dose da vacina já ter sido iniciada há alguns meses, estes doentes continuam preocupados porque o facto de serem imunodeprimidos faz com que a resposta preventiva das vacinas seja mais fraca no seu sistema.

O relaxamento nas medidas de prevenção contra a Covid-19, principalmente o fim do uso obrigatório de máscaras em praticamente qualquer espaço, está a ser apontado como o principal motivo para este aumento do número de casos. Isto tem levado a que muitos doentes se mantenham em casa para assegurarem a sua prevenção.

“As serologias estão a mostrar que, na maioria dos casos, ainda não gerámos as defesas necessárias“, afirmou Pablo Beca, presidente de Alcer em Sevilha e Huelva.

O responsável de Alcer acrescentou que a Covid-19 coloca as pessoas imunodeprimidas em alto risco, já que muitos doentes com a mesma condição sofreram sérias complicações depois de infetados, “comprometendo os transplantes que tinham recebido”.

Ainda assim, o presidente revelou que estes doentes vão receber um tratamento diferente, com melhores resultados em sistemas imunodeprimidos. “As pessoas que são transplantadas ou em diálise estão à espera de receber o novo tratamento com anticorpos monoclonais que previne a infeção por Covid-19. É um passo fundamental para nos sentirmos completamente protegidos e para retomarmos a nossa vida normal”, concluiu Beca.