BRANDS' ECO Autarquia do Ano: município de Chaves premiado na subcategoria “Combate às Alterações Climáticas”
Nuno Vaz, presidente da Câmara Municipal de Chaves, explica o projeto de combate à descarbonização a ser desenvolvido no concelho, vencedor na 2ª edição do Prémio Autarquia do Ano.
O município de Chaves foi premiado na subcategoria “Combate às Alterações Climáticas” na 2ª edição do Prémio Autarquia do Ano, pelo trabalho desenvolvido na área da sustentabilidade e combate à descarbonização. Nuno Vaz, presidente da Câmara Municipal de Chaves, explica, nesta entrevista, como foi desenvolvido o projeto vencedor, “Aproveitamento da Geotermia – Rede Urbana de Calor de Chaves”.
Está a decorrer a 3ª Edição do Prémio Autarquia do Ano 2022, com categorias que abrangem as mais diversas áreas de atuação, junto da comunidade.
1. Qual foi o processo de escolha primordial, que acabou por resultar num dos projetos vencedores ao Prémio Autarquia do Ano?
A Câmara Municipal de Chaves tomou a decisão de submeter o projeto “Aproveitamento da Geotermia – Rede Urbana de Calor de Chaves”, na categoria Ecologia e Cuidados dos Animais e subcategoria Combate às Alterações Climáticas, pelo facto de se constituir como a maior rede urbana de geotermia de Portugal Continental, com um total de 25 edifícios a beneficiarem de uma fonte de energia renovável e limpa.
Para o nosso município, trata-se de um enorme privilégio poder utilizar as águas quentes das Termas, que brotam a 76ºC, para aquecer alguns edifícios da cidade, num projeto piloto que vem minimizar os custos de energia, ao mesmo tempo que contribui para a descarbonização do planeta.
2. Qual sente que tenha sido a maior relevância do projeto, para o seu município?
O projeto em causa ainda se encontra em fase de implementação. Através da concretização desta solução, com a utilização da água termal e pela dimensão da infraestrutura prevista, o município de Chaves coloca-se entre as cidades pioneiras no combate à descarbonização.
O projeto é de forma global sustentado e sustentável, contribuindo consideravelmente para a redução da pegada de carbono, com uma poupança estimada de 1330 toneladas/ano de dióxido de carbono, fomentando assim a produção de energia limpa, através de uma solução inteligente que aumenta a eficiência e reduz o consumo de energia.
3. Como foi o processo de implementação do projeto?
A obra de implementação da rede urbana de calor geotérmico encontra-se, neste momento, em fase de conclusão, estando já instalada no centro histórico da cidade toda a infraestrutura de rede e equipamentos necessários para o arranque do processo.
A intervenção em curso prevê a construção da rede urbana de calor, com ligações aos 25 edifícios servidos pela mesma, sendo que a empreitada contempla ainda a remodelação da central geotérmica existente, para se adaptar às novas exigências (de fornecimento de potência e energia), a entrega de energia térmica aos consumidores, bem como a instalação de novo sistema de Gestão Técnica Centralizada. Esta obra beneficia de um investimento cofinanciado ao abrigo do Contrato de Conceção de Incentivos – Fundo de Apoio à Inovação (FAI).
4. Considera que existe uma real importância do trabalho feito diariamente pelas autarquias e seus parceiros, junto da sua comunidade?
Efetivamente, é nosso entendimento que existe reconhecimento por parte dos cidadãos do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao longo dos últimos anos e a vitória eleitoral conquistada nas últimas eleições autárquicas traduz esse reconhecimento generalizado.
Somos daqueles que acreditamos firmemente que a relação de proximidade entre os autarcas e as populações só será possível se houver um diálogo constante. A consolidação de projetos mais relevantes para os territórios só fará sentido se se concretizar numa lógica de contacto constante com a população, no sentido de que a proposta de construção e solução possa ser sustentada pelos contributos dos próprios. É importante que quando se propõe determinados projetos e se tomam determinadas decisões exista uma plena consciência de que se identificou uma necessidade e entende que aquela proposta é a melhor solução para poder suprir essas carências. Nesse sentido, iremos continuar a apostar fortemente numa política de proximidade, prosseguindo o caminho crescente de participação da população nos processos mais importantes para o desenvolvimento do concelho.
5. Na edição passada do Prémio Autarquia do Ano, o seu município foi destacado como um dos detentores de um projeto inovador e premiado por isso. Sente que valorizou o seu município?
Claro que sim. O prémio alcançado constitui-se como reconhecimento público da ousadia do executivo municipal em instanciar no território um projeto exemplar e inovador de Chaves para o país, para os seus territórios e populações. Afinal de contas, existem bons exemplos nos territórios do interior que merecem a atenção dos cidadãos de todo o país. Este prémio traduz igualmente um incentivo para implementação de mais projetos inovadores no território, que permitam servir cada vez mais e melhor os concidadãos do nosso concelho, concretizando a ambição comum de afirmar o território como espaço de saúde e bem-estar
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