Empresários do Minho querem pacto com Estado para aumentar salários

Em resposta ao desafio do primeiro-ministro, associação empresarial pretende que o Estado reduza carga fiscal sobre o trabalho "na exata proporção do aumento percentual do salário médio".

Os empresários do Minho apenas admitem aumentar o salário médios em 20% nos próximos anos se houver um pacto com o Estado. Esta é a resposta ao desafio de subida das remunerações lançado pelo primeiro-ministro, António Costa. A associação empresarial da região (AEMinho) entende que os custos da medida devem implicar uma redução da carga fiscal sobre o trabalho.

Propomos que o caminho seja feito em conjunto, sendo compromisso das empresas realizar todos os esforços para atingir a meta proposta pelo primeiro-ministro e o Estado se comprometer a reduzir a carga fiscal sobre o trabalho na exata proporção do aumento percentual do salário médio, partilhando assim o esforço, tornando a meta mais alcançável”, refere a associação liderada por Ricardo Costa, em comunicado.

A entidade considera que o pacto é uma forma de “criar as condições para que o Estado se auto imponha uma maior eficiência na gestão de recursos, na tomada de decisões e que isso se reflita no decréscimo da receita no que ao trabalho diz respeito”. A associação afasta ainda uma diminuição do IRC pois “importa primeiro reduzir a carga fiscal sobre os trabalhadores”.

Propomos que o caminho seja feito em conjunto, sendo compromisso das empresas realizar todos os esforços para atingir a meta proposta pelo primeiro-ministro e o Estado se comprometer a reduzir a carga fiscal sobre o trabalho na exata proporção do aumento percentual do salário médio, partilhando assim o esforço, tornando a meta mais alcançável

Associação Empresarial do Minho

Com o acordo, a associação acredita que “melhores salários se traduzirão em mais competitividade na hora de contratar” e que isso terá um “efeito positivo no progresso” do tecido empresarial. A AEMinho diz que atualmente existe “dificuldade de contratação de recursos humanos”.

No passado sábado, o primeiro-ministro, António Costa, convocou “a sociedade, o Estado e as empresas” para, em quatro anos, conseguir aumentar o peso dos salários no PIB de 45% para 48%, atual valor de referência na União Europeia. A subida da proporção “implica um aumento de 20% do salário médio no país”, calculou o chefe de Governo.

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