Formação digital chega a mais de 180 mil mulheres rurais em Espanha
O Plano de Promoção do Emprego Agrícola, promovido pelo Ministério do Trabalho e da Economia Social, vai dar formação em competências digitais a mais de 180 mil mulheres que trabalham em âmbito rural.
Mais de 180 mil mulheres que trabalham no ramo agrícola em Espanha vão receber uma formação em competências digitais através do programa de alfabetização digital das trabalhadoras contratadas ao abrigo do Plano de Promoção do Emprego Agrícola (PFEA), noticia a Servimedia.
O programa, financiado através dos fundos da Next Generation do MRR (Mecanismos de Recuperação e Resiliência), que será desenvolvido ao longo dos próximos dois anos, vai ser implantado na Andaluzia, Castela-La Mancha, Castela e Leão, Aragão, Comunidade Valenciana, Múrcia, Extremadura e Ilhas Canárias.
Gerardo Gutiérrez Ardoy, diretor-geral da SEPE, salientou que 2022 é um “ano chave para as reformas estruturais em termos de política de emprego” e que vai permitir “promover este projeto inovador a nível nacional para combater a lacuna digital existente entre as mulheres desempregadas e, acima de tudo, para reduzir a lacuna territorial”.
Por sua vez, Pedro Guzmán, gerente do Grupo Euroformac, destacou alguns dos objetivos desta iniciativa, nomeadamente “facilitar a redução do fosso entre os géneros, lutar contra o desafio demográfico através da promoção da formação nas zonas rurais, e a digitalização como forma de melhorar a empregabilidade das mulheres”.
María Burillo, diretora do projeto, salientou a participação das empresas e facilitadores locais na implementação e divulgação do programa e enalteceu a sua importância para “aumentar a capacidade de gestão e autonomia das mulheres rurais, para as capacitar e manter no mundo rural, combatendo assim o despovoamento nestas áreas”.
“Este programa é uma das 130 medidas da estratégia do governo espanhol para enfrentar o desafio demográfico e contribui para gerar uma dinâmica a partir do nível local para apoiar as mulheres trabalhadoras a superar as três clivagens: género, territorial e digital“, referiu Carmen Menéndez González Palenzuela, diretora-geral adjunta de Políticas Ativas de Emprego.
Como vai funcionar esta formação?
O programa de formação vai ser ministrado por empresas de formação, com experiência reconhecida, que fazem parte do Grupo Coremsa, Grupo Euroformac, Grupo Método, Grupo Academia Postal, Telefónica Educación Digital e Telefónica Soluciones Informáticas, e consiste em dois cursos diferentes.
O primeiro curso é uma introdução às competências digitais básicas e o segundo está relacionado com as competências digitais para a procura ativa de emprego. Ambos os cursos vão ser presenciais e gratuitos, e terão a duração de 26 horas cada um, num total de 52 horas de formação.
As inscrições podem ser feitas através deste site ou através de uma chamada telefónica para três opções de contacto: 900 90 96 96 53 para as zonas de Jaén, Almería e Granada; 900 90 96 96 84 para Sevilha; 900 90 96 96 85 para as zonas das Ilhas Canárias, Valência, Murcia, Castela e Leão e Aragão; e 900 90 96 96 87 no caso de Castela-La Mancha.
Este programa de alfabetização digital é um dos pilares do Plano de Recuperação, Transformação e Resiliência promovido pelo governo espanhol para lidar com as consequências da pandemia covid-19 e que visa alcançar efeitos transformadores no país.
Os requisitos para o acesso a estes cursos de formação são apenas ser mulher e ter sido ou estar empregada em algumas das obras ou projetos promovidos no âmbito do Plano de Promoção do Emprego Agrário (PFEA) desde o seu lançamento, em 1997.
A Andaluzia é a região com o maior número de lugares neste programa de formação. No total, mais de 140 mil mulheres na região poderão formar-se em competências digitais distribuídas. Destas, mais de 33 mil provêm da província de Sevilha, mais de 25 mil de Jaén, mais de 27 mil de Córdova e mais de 9 mil de Huelva. Cádis e Málaga têm mais de 14 mil, Granada mais de 21 mil e Almeria mais de 3 mil.
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