Iberdrola e Naturgy lideram nova etapa do clube de energia espanhol

Mario Ruiz-Tagle, CEO da Iberdrola España, preside ao novo Conselho de Administração do Clube Espanhol da Energia (Enerclub) a partir de quarta-feira, enquanto o CEO da Naturgy, Jordi García Tabernero, assume a Vice-Presidência do Enerclub, bem como a Presidência do seu Comité Diretivo. Iñigo Díaz de Espada, vice-presidente da Fundação Cepsa, será o segundo vice-presidente, noticia a Servimedia.

“Assumimos as nossas novas responsabilidades numa situação difícil, com a crise climática, o conflito na Ucrânia, a inflação e os elevados preços das matérias-primas a ocupar diariamente as primeiras páginas dos jornais”, disse Ruiz-Tagle.

Ruiz-Tagle foi nomeado CEO da Iberdrola Espanha em julho do ano passado. Até então, foi CEO da Neoenergia, a filial brasileira da Iberdrola. O responsável, que está ligado ao setor energético desde 1996, iniciou a sua carreira na Iberdrola há duas décadas como Diretor de Relações Institucionais da filial brasileira; em 2004 foi nomeado Diretor de Negócios do departamento de América Latina da Iberdrola e seis anos depois tornou-se Country Manager da Iberdrola Brasil.

Em 2017, o ano em que a Neoenergia incorporou a Elektro Redes, Mario Ruiz-Tagle foi nomeado CEO e em julho de 2019 liderou o processo de abertura de capital. É licenciado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Diego Portales em Santiago do Chile, e mestrado em Administração de Empresas e Finanças pela Universidad Pontificia Católica de Chile.

Liderança da Naturgy no Enerclub

Com a presença de García Tabernero, a Naturgy será uma das empresas líderes do Enerclub num momento chave para o setor, com uma situação difícil e numerosos desafios a enfrentar na transição energética.

As linhas sobre as quais a nova gestão irá trabalhar concentram-se em tornar o Enerclub uma referência multissetorial e regional no debate energético, com um aumento das colaborações e iniciativas regionais e locais.

Além disso, pretendem reforçar a participação e a aproximação à esfera energética europeia e internacional, o que coincide com a presidência espanhola da UE em 2023.

Em terceiro lugar, vão procurar especificar ações internas que consolidarão a abertura do Enerclub, para além da continuidade das já implementadas pela direção cessante.

Um dos objetivos da nova direção é que o Enerclub desempenhe um papel decisivo no presente e no futuro de um setor que está a evoluir, independentemente dos interesses das diferentes empresas, para um modelo energético comum.

Os novos dirigentes do Enerclub estão conscientes de que enfrentam uma situação excecional e difícil, com o conflito na Ucrânia, a crise climática, a inflação, novos impostos e preços das matérias-primas, mas estão confiantes de que a transição energética é uma das principais soluções.