BRANDS' ECOAfinal, o que é e o que implica a condução autónoma?
- BRANDS' ECO
- 23 Setembro 2022
O futuro da condução autónoma está aí. Mas exatamente, o que é? O que implica e quais as iniciativas que têm vindo a ser realizadas para potenciar esta nova forma de mobilidade, que contribui para to
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O que é a condução autónoma?
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Quantos níveis de condução autónoma existem?
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É segura?
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Quais os países mais preparados para acolher as viaturas sem condutor?
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Quem tem a legislação mais avançada?
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O impacto económico é grande?
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Os veículos autónomos vão tornar a condução menos divertida?
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A mobilidade autónoma vai introduzir mais riscos ao nível do hacking?
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Que iniciativas têm vindo a ser realizadas?
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Em que consiste?
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Qual é o papel do 5G na Condução Autónoma?
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Porquê a importância de se estudar os corredores transfronteiriços?
BRANDS' ECOAfinal, o que é e o que implica a condução autónoma?
- BRANDS' ECO
- 23 Setembro 2022
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O que é a condução autónoma?
Um veículo totalmente autónomo dispensa a intervenção do condutor, pois através de uma tecnologia sofisticada tem a capacidade de identificar a via, a sinalização, as viaturas em movimento, peões e obstáculos. Trata-se de uma área em permanente evolução tecnológica, e que está a revolucionar o conceito de veículo, seja ele um automóvel ou outro tipo de viatura, tal como o conhecemos.
Proxima Pergunta: Quantos níveis de condução autónoma existem?
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Quantos níveis de condução autónoma existem?
Segundo a Society of Automotive Engineers (SAE), e baseando-se no grau de atenção requerido ao condutor, existem 5 níveis até se atingir a condução totalmente autónoma.
Nível 1 – O condutor tem de estar preparado para assumir o controlo a qualquer momento;
Nível 2 – O condutor é obrigado a detetar objetos ou ocorrências e reagir se o sistema automatizado falhar;
Nível 3 – O condutor pode desviar a atenção da condução num local pré-estabelecido (por exemplo numa autoestrada), mas tem de estar preparado para assumir o controlo se necessário;
Nível 4 – A condução autónoma controla o veículo, exceto em determinadas situações, como condições atmosféricas adversas;
Nível 5 – Para além de definir o destino e ligar o sistema, não é necessária a intervenção humana na condução.
Proxima Pergunta: É segura?
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É segura?
Convém relembrar que de acordo com a Pordata, na década de 2010 a 2019, verificaram-se 327.384 acidentes nas estradas portuguesas dos quais resultaram 420.300 feridos e 5.413 mortos, tendo a esmagadora maioria dos acidentes envolvido erro humano. O objetivo da mobilidade inteligente é precisamente reduzir fortemente o número de acidentes, ao minimizar a hipótese de erro humano.
Proxima Pergunta: Quais os países mais preparados para acolher as viaturas sem condutor?
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Quais os países mais preparados para acolher as viaturas sem condutor?
Segundo um estudo realizado pela Confused, uma empresa britânica especializada na análise e comparação de serviços financeiros, energia e seguros, os EUA, Japão, França, Reino Unido e Alemanha são os países mais preparados para acolher veículos sem condutor. Este estudo aponta os EUA como o país mais preparado para os automóveis autónomos, seguido do Japão a França. Portugal alcança apenas a 20ª posição.
Proxima Pergunta: Quem tem a legislação mais avançada?
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Quem tem a legislação mais avançada?
São os alemães a possuir a legislação mais avançada. No entanto, os EUA lideram no capítulo de possuírem construtores de grandes dimensões, capacidade de investimento e o maior número de patentes nesta área. Já as melhores estradas para este tipo de condução encontram-se nos Países Baixos.
Proxima Pergunta: O impacto económico é grande?
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O impacto económico é grande?
Basta atentarmos que, segundo a Forrester, o setor de tecnologia de transporte levantou, apenas até 2013, mais de 100 mil milhões em financiamento privado. Este setor vai – aliás, já está a –, impactar todo um ecossistema, a montante e jusante, que movimenta não só os construtores automóveis mas os fornecedores, a indústria de software e todos os players que atuam neste novo mundo das cidades inteligentes.
Para além disso, é necessário contabilizar o impacto relacionado com a maior eficiência da mobilidade: redução de emissões de CO2, menos acidentes, menos atrasos e melhor acesso a qualquer pessoa.
Proxima Pergunta: Os veículos autónomos vão tornar a condução menos divertida?
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Os veículos autónomos vão tornar a condução menos divertida?
Alguns condutores temem que a sua viatura os impeça de conduzir e desfrutar do prazer de sentir o pé no pedal e as mãos no volante. Mas nenhum fabricante impedirá os clientes de conduzirem, se assim o desejarem. Passarão é a ter a opção de entregar o controlo ao veículo durante situações que lhe pareçam menos agradáveis, tais como o trânsito do pára-arranca.
Proxima Pergunta: A mobilidade autónoma vai introduzir mais riscos ao nível do hacking?
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A mobilidade autónoma vai introduzir mais riscos ao nível do hacking?
Não. Basta pensar na quantidade de ferramentas que hoje utilizamos e que dependem de software, só que muitas vezes já nem nos lembramos disso! É claro que um ataque informático sobre os sistemas de segurança de um veículo autónomo pode ser consideravelmente mais grave, mas para isso é que os fabricantes e a comunidade de especialistas trabalham no sentido de implementar medidas de proteção contra ciberataques.
Proxima Pergunta: Que iniciativas têm vindo a ser realizadas?
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Que iniciativas têm vindo a ser realizadas?
Em Portugal, têm vindo a ser realizados estudos para preparar a introdução da condução autónoma e conectada. Neste âmbito, uma das iniciativas mais relevantes é o Projeto 5G-MOBIX, financiado pelo Horizonte 2020, e que pretende demonstrar a importância do 5G no contexto da Mobilidade Autónoma Conectada, em sete localizações de teste, na Europa e na Ásia, incluindo um corredor Portugal-Espanha entre as cidades do Porto e Vigo.
Proxima Pergunta: Em que consiste?
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Em que consiste?
O principal objetivo do 5G-MOBIX é estabelecer a base para o desenvolvimento de corredores 5G e impulsionar o desenvolvimento de oportunidades à volta do 5G no setor de ITS – Sistema de Transportes Inteligentes. Os resultados específicos do projeto, que tem como parceiro a NOS, entre muitos outras empresas do setor automóvel e da área da mobilidade, operadores de telecomunicações, até autoridades públicas e centros de investigação., serão usados para a definição de novas regulações e standardizações, a nível europeu.
Proxima Pergunta: Qual é o papel do 5G na Condução Autónoma?
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Qual é o papel do 5G na Condução Autónoma?
O 5G foi identificado como sendo a tecnologia mais adequada para a condução autónoma e conectada porque introduz a capacidade de assegurar ligação dos veículos à rede (V2N), o que permite a partilha de informação de perigos ou obstáculos muito antes dos veículos se aproximarem do local. A ligação à rede (V2N) e as características de baixa latência e altos débitos do 5G também permitem a implementação de manobras cooperativas e conectadas mais avançadas. Alguns exemplos são a implementação de HD Maps – mapas de alta-definição 3D construídos em tempo real nos centros de controlo de tráfego com a informação que recebem dos sensores dos veículos –, ou a condução remota por um operador em caso de necessidade. O 5G também demonstrou ser uma tecnologia com maior capacidade para escalar para cenários de grande densidade de carros conectados.
Proxima Pergunta: Porquê a importância de se estudar os corredores transfronteiriços?
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Porquê a importância de se estudar os corredores transfronteiriços?
As fronteiras colocam desafios específicos no que diz respeito a interconectividade entre países, diferenças de standards e normas usadas. No caso de Portugal-Espanha, por exemplo, para os testes do 5G-MOBIX foi necessário mudar toda a configuração de rede para encurtar a distância que a informação tem de percorrer e, assim, reduzir a latência – ou seja a velocidade da rede para responder a comandos.