Nigéria avisa Galp de que vai haver uma “redução substancial” nas entregas de gás
Galp informa que recebeu da Nigéria GNL Limitada, o seu principal fornecedor de gás, um aviso de força maior baseado nas inundações que estão a ser vividas no país africano.
O principal fornecedor de gás da Galp, a Nigéria, invoca as condições extraordinárias causadas pelas inundações que assolam o país para justificar disrupções futuras no fornecimento, sem quantificar a dimensão das alterações.
“A Galp informa que recebeu da Nigéria GNL Limitada, o seu principal fornecedor de gás, um aviso de força maior baseado nas inundações alargadas que estão a ser vividas na Nigéria, causando uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito“, escreve a empresa portuguesa, num comunicado publicado na página do regulador dos mercados, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Galp indica que, para já, não tem qualquer informação que lhe permita calcular os impactos deste evento. Compromete-se contudo a informar sobre “qualquer desenvolvimento significativo”.
A 19 de setembro, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, admitiu que, apesar de o Governo estar a tentar colmatar o risco no que toca ao fornecimento de gás ao país, um fornecedor chave, a Nigéria, poderia não entregar as quantidades de gás previstas, o que pode significar alterações do preço desta matéria-prima – inclusivamente, afirmou posteriormente que este ano já falharam quatro carregamentos, tal como foi avançado pelo Jornal de Negócios.
O Governo tem procurado mitigar este risco no fornecimento com a diversificação dos fornecedores, mas disrupções podem de facto significar um custo mais elevado de fornecimento de gás natural, que por sua vez influenciaria os preços do mercado regulado em alta.
De acordo com a agência Lusa, cinco milhões de pessoas em 19 países da África Ocidental e Central foram afetadas por chuvas acima da média e “inundações devastadoras” nos últimos meses, citando dados do Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas. Entre os países mais atingidos encontra-se a Nigéria, onde as inundações afetaram 3,48 milhões de pessoas, causaram numerosas mortes e destruíram 637.000 hectares de terras agrícolas.
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