Anacom muda-se para a antiga sede do ex-Popular em Lisboa
Regulador vai mudar-se em 2023 para o Ramalho Ortigão 51, na zona da Praça de Espanha, propriedade da espanhola Incus Capital.
A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) vai mudar de instalações. Ao fim de cerca de duas décadas no número 14 da Avenida José Malhoa, o regulador vai mudar-se para o número 51 da Rua Ramalho Ortigão, para o edifício que foi outrora a sede do ex-banco Popular, na zona da Praça de Espanha. A Anacom estava desde 2018 à procura de um novo espaço.
A Anacom já estava em negociações com a espanhola Incus Capital, proprietária da futura nova casa, há vários meses, mas o contrato de arrendamento foi assinado no mês passado, confirmou ao ECO uma fonte oficial da Anacom, sem revelar o valor da renda.
O ECO tinha questionado a diretora de comunicação da Anacom sobre esta mudança de sede, mas Ilda Matos pediu mais tempo para responder às questões do ECO. Só que, entretanto, a notícia foi publicada no Expresso, com uma confirmação de fonte oficial do regulador. E, posteriormente à publicação desta notícia, a Anacom respondeu ao ECO, com as mesmas citações.
“A Anacom identificou o edifício Ramalho Ortigão, 51, como revestindo as características adequadas a acolher a sua sede, centralizando num único espaço instalações até agora dispersas em dois edifícios na Avenida José Malhoa (edifícios nº 12 e alguns pisos no nº 14)”, diz fonte oficial.
O regulador justifica esta mudança com a “melhoria ao nível das condições de trabalho” e com o facto de “não haver lugar aos custos e às perturbações que seriam inerentes à remodelação dos edifícios até agora arrendados”.
Assim, a Anacom vai ocupar quatro pisos da antiga sede do ex-Popular, o equivalente a metade do edifício. A mudança, que “já teve parecer favorável do Fiscal Único”, vai acontecer em 2023, uma vez que o imóvel está atualmente com algumas obras. Para isso, a Anacom vai cessar os dois contratos de arrendamento que tem atualmente.
Esta mudança de sede “foi também sustentada em pareceres técnicos de entidades externas”, que concluíram que, “em termos de análise económico-financeira (valor da renda inferior e inexistência de custos com obras de remodelação dos atuais edifícios)”, “condições arquitetónicas” e “consumos energéticos”, é a “melhor opção comparativamente à manutenção das atuais instalações repartidas em dois edifícios”.
A Anacom começou a procurar uma nova casa em junho de 2018 e, na altura, procurava “um imóvel localizado na área de Lisboa, que reúna as características adequadas à sua atividade, nomeadamente uma área útil superior a 4.500 metros quadrados”. “Este objetivo não se chegou a concretizar por não se ter encontrado edifícios em condições e preços adequados“, diz fonte oficial.
O Ramalho Ortigão tem mais de 24 mil metros quadrados, o que dá à empresa bastante espaço, tendo em conta o que procurava — vai ocupar metade do edifício. O imóvel foi vendido em março pelo Santander à espanhola Incus Capital por mais de 50 milhões de euros, tal como o ECO noticiou.
Desconhece-se o valor de renda que a Anacom vai pagar na nova casa mas, em 2018, o presidente do regulador, João Cadete de Matos, adiantou que a renda no edifício da Avenida José Malhoa rondava os 1,2 milhões de euros por ano.
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