Elogio dos Pobrespremium

Tirando o discurso progressista e uma nova geração de oportunistas, a democracia portuguesa falha na redução das desigualdades sociais.

Nos filmes assaltam-se bancos para roubar dinheiro e diamantes. Em Portugal passa-se despercebido para roubar uma lata de atum e um pacote de leite num supermercado. Se os primeiros são criminosos assaltantes, os portugueses são desgraçados indigentes que não têm de comer. Roubar uma lata de atum é uma vergonha indizível, não para quem rouba, mas para quem dirige os destinos do País com a prosápia de uma maioria absoluta indiferente ao nível de vida dos governados. Roubam porque não trabalham. São pobres porque lhes falta ambição. São os restos do velho Portugal sem lugar no País moderno e europeu. É impossível não sentir vergonha de uma Nação que abandona a sua população à incerteza de ter de roubar para comer. Parece que a democracia não elimina a distinção entre o País legal e o País

Assine para ler este artigo

Aceda às notícias premium do ECO. Torne-se assinante.
A partir de
5€
Veja todos os planos

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.