Tirar o travão cedo de mais pode ter consequências mais pesadas do que deixá-lo pressionado um pouco além do necessário.
"Devemos encarar sem dramatismo a situação que estamos a viver”, disse António Costa, na segunda-feira, quando questionado sobre a subida das taxas de juro do crédito à habitação. Três dias depois, no debate do Orçamento do Estado, o primeiro-ministro dramatizou a situação: "Sucessivas subidas da taxa de juro não contribuem para o controlo da inflação, contribuem para aumentar o risco de recessão das economias europeias". Sendo certo que uma recessão levará a um aumento do desemprego, que por sua vez impossibilitará muitas famílias de pagar o crédito, é difícil dramatizar uma coisa e ao mesmo tempo aligeirar a outra. Há, ainda assim, um racional, um deles sobretudo político, para as duas posições de António Costa. Banco de Portugal, Governo e os próprios bancos têm desvalorizado o impacto
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.