O discurso dos polícias e a estratégia dos activistas inscrevem-se na geografia dos extremos à qual a democracia portuguesa não responde nem sabe reconhecer.
Há um ambiente histérico e estranho em Portugal. De certo modo, o País está em roda livre, sem Governo, sem políticas, estagnado, com a tendência para preencher o vazio político com a luz do sol entre os escombros. Os portugueses entregues ao ofício de sobreviver assistem a uma sucessão incompreensível de casos e mais casos, episódicos, fúteis, ruidosos, vingativos. Livros, manifestações, declarações, ódios digitais, delírios mundiais, Portugal é a imagem de um País tosco num restaurante manhoso a salivar medo para os novos pratos do menu europeu no admirável mundo novo. Entramos no túnel do “realismo trágico”. Vamos começar pelos guerreiros ecológicos. Pelo megafone avisam a cidade sobre a ocupação e declaram a sociedade cercada por dentro. Protestam porque protestar é democrático e
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