Protestos na China provocam “ligeiros” abalos nas bolsas

As principais bolsas mundiais estão hoje a negociar em baixa por conta da onda de protesto contra a política zero contra a Covid-19 na China, mas estão longe de assustarem os investidores.

A China está novamente a provocar uma onda de réplicas nos mercados financeiros esta segunda-feira, após a divulgação por todo o mundo de uma onda de manifestações pelas principais cidades chinesas contra a política zero de Covid-19 do governo chinês.

Durante toda a manhã as principais praças financeiras europeias estiveram a negociar com perdas entre 0,25% (Reino Unido) e 2% (Áustria), com os investidores a recearem que os protestos na China possam provocar instabilidade social na segunda maior economia do mundo.

O português PSI também não fugiu à regra, estado a negociar durante todo o dia em terreno negativo, estando atualmente a perder mais de 1% e com apenas os títulos da Jerónimo Martins a fugirem à onda vermelha.

No mercado das matérias-primas o destaque recai para o petróleo, com o barril do ouro negro a resvalar mais de 2% ao longo do dia, como consequência de que a economia chinesa possa voltar a crescer a um ritmo mais baixo do que seria de esperar.

O dia de hoje nos mercados financeiros é um espelho do popular ditado de que “quando uma borboleta bate as asas na China, levanta-se um tufão do outro lado do mundo.”

Sinal disso mesmo é o impacto que os protestos na China estão também a ter nos EUA, com Wall Street a abrir há poucos minutos em queda, com o Dow a iniciar a sessão com uma queda de 0,2% e o S&P 500 a resvalar 0,4%. Entre as empresas mais penalizadas estão as companhias com operações na China como a Apple, que chegaram a negociar com uma correção de 2%, como consequência de alguma instabilidade que possa estar a ser criada ao nível das suas cadeias de abastecimento.

Contudo, Mohamed El-Erian, conselheiro económico principal da Allianz, referiu à CNBC que “a menos que a China entre num problema geopolítico” os protestos e toda a situação em redor da economia chinesa “não deverá ter um impacto tão significativo na economia norte-americana como os investidores estão a descontar atualmente”, nem sobre a política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).

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