Hong Kong oferece meio milhão de bilhetes de avião para atrair turismo e negócios
Hong Kong vai oferecer meio milhão de bilhetes de avião para atrair turistas e empresários de todo o mundo, no âmbito da campanha "Hello Hong Kong".
Hong Kong anunciou esta quinta-feira que vai oferecer meio milhão de bilhetes de avião para atrair turistas e empresários de todo o mundo, no âmbito da campanha “Hello Hong Kong”. “Hong Kong está agora perfeitamente ligada ao continente chinês e a todo o mundo internacional. E não haverá isolamento, nem quarentena“, disse o chefe do Governo, na cerimónia de apresentação da campanha.
“Este é o momento perfeito para turistas, viajantes de negócios e investidores, de perto e de longe, virem dizer ‘Olá, Hong Kong'”, acrescentou John Lee, lembrando que os visitantes também vão poder desfrutar de ofertas e vales especiais, entre outros incentivos.
O diretor executivo da Autoridade Aeroportuária, Fred Lam Tin-fuk, disse ao jornal South China Morning Post que a campanha de oferta de bilhetes de avião terá início a 1 de março e vai durar cerca de seis meses. Fred Lam Tin-fuk explicou que os bilhetes vão ser distribuídos através dos escritórios e agentes das companhias aéreas no estrangeiro, nos principais mercados.
O mesmo responsável afirmou que cada visitante deverá trazer dois a três outros visitantes, o que significa que a oferta de 500.000 bilhetes poderá eventualmente atrair 1,5 milhões de visitantes extra, estimando que tal representaria 10% dos viajantes entre março e setembro.
Cerca de três quartos dos bilhetes serão entregues aos visitantes asiáticos, com base no padrão de origem dos visitantes que chegavam antes da pandemia. A promoção será primeiramente dirigida aos países do Sudeste Asiático, incluindo Tailândia, Filipinas, Indonésia, Singapura e Malásia, seguindo-se territórios do Nordeste Asiático e da China continental.
Durante a pandemia, a cidade permaneceu alinhada com a estratégia “zero covid” seguida na China continental. Num momento de competição feroz regional ao nível económico e turístico, Hong Kong demorou mais tempo do que Singapura, Japão e Taiwan a aliviar as restrições fronteiriças. E mesmo depois de ter reaberto a fronteira com a China continental em janeiro, a recuperação do turismo tem sido lenta.
Antes da pandemia, em 2019, e apesar da instabilidade criada pelos protestos antigovernamentais, Hong Kong recebeu 56 milhões de visitantes, mais de sete vezes a sua população. As rigorosas restrições contra a Covid afastaram os visitantes nos últimos três anos, devastando o setor do turismo e a economia da região administrativa especial chinesa. Em 2022, a cidade recebeu apenas 1% dos visitantes registados em 2019.
O PIB da cidade no ano passado caiu 3,5% em relação a 2021, de acordo com os dados provisórios do Governo. Depois de abandonar a obrigatoriedade de quarentenas nos hotéis e de testagem dos viajantes, Hong Kong registou um ligeiro aumento de turistas, mas, ainda assim, longe do número de turistas nos anos pré-pandémicos.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Hong Kong oferece meio milhão de bilhetes de avião para atrair turismo e negócios
{{ noCommentsLabel }}