Trabalhadores da Lusa rejeitam contraproposta da administração e marcam greve
Os trabalhadores da Lusa rejeitaram, em plenário, a contraproposta de valorização salarial apresentada pela administração, decidindo agendar uma greve para o final de março e manifestações regulares.
Os trabalhadores da Lusa rejeitaram esta quarta-feira, em plenário, a contraproposta de valorização salarial apresentada pela administração, decidindo agendar uma greve para o final de março e organizar manifestações regulares.
“Os trabalhadores da Lusa, reunidos em plenário em 01 de março de 2023, rejeitaram por unanimidade a contraproposta apresentada pelo Conselho de Administração”, lê-se numa resolução, na qual indicam que vão avançar com novas formas de luta.
O Conselho de Administração, presidido por Joaquim Carreira, propôs também a revisão e negociação do Acordo da Empresa (AE) no que se refere à tabela salarial, atualização de subsídios, revisão do sistema de diuturnidades e separação do processo de avaliação de desempenho do AE com novas regras. Por outro lado, quer incluir as dispensas pelo dia de aniversário no acordo e aumentar a dispensa pelo aniversário de descendentes para até 14 anos e durante um dia completo.
Os trabalhadores da Lusa consideram que a “informação fidedigna e de serviço público […] ditam que seja essencial que a Lusa mantenha padrões de respeito e valorização dos seus trabalhadores“.
Assim, decidiram agendar uma greve para o final de março, cujas datas e moldes vão ser definidos num novo plenário marcado para dia 15, e mandataram os seus representantes para se reunirem com o Governo, grupos parlamentares e Presidente da República, “no máximo até dentro de 15 dias”. Os trabalhadores vão ainda encetar manifestações regulares para que o seu protesto se torne visível.
Numa nota distribuída aos trabalhadores antes do plenário, Joaquim Carreira defendeu não estar em causa a atualização salarial, mas “a dimensão da mesma para um orçamento reduzido”. Conforme detalhou, “o orçamento da Lusa tem 250.000 euros para atualizações salariais que, deduzidos de diuturnidades, promoções e subsídio de alimentação, ficam em 160.000 euros“.
Segundo o mesmo documento, o impacto anual de 120 euros a mais no salário de cada trabalhador, que foi proposto pelas organizações representativas, gera um prejuízo de 440.000 euros.
Em 03 de novembro, os trabalhadores da Lusa aprovaram um caderno reivindicativo, que inclui um aumento mínimo de 120 euros nos salários, a atualização do subsídio diário de refeição, pago em cartão, para o valor máximo não tributável, a criação de um subsídio parental de 100 euros por cada filho/a, a ser pago juntamente com a retribuição do mês seguinte ao do regresso da licença parental, entre outros.
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