Governo promete apoio para reconstruir fábrica de bacalhau de Coimbra
Os prejuízos da unidade destruída pelo fogo rondam os 20 milhões de euros e que o seguro cobre cerca de 13 milhões. Ministra da Agricultura promete apoio, via fundos europeus.
O Governo está disponível para ajudar na reconstrução da fábrica de bacalhau da Lugrade, que há cerca de uma semana ardeu completamente no concelho de Coimbra, através de fundos comunitários. O anúncio foi feito esta tarde pela ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, que visitou uma unidade da empresa, que entrou esta terça em atividade, e as instalações destruídas pelo incêndio que deflagrou no dia 20 de abril, que causou um prejuízo de 20 milhões de euros.
“Estamos disponíveis, dentro das elegibilidades do programa [Mar 2030], para ajudar nesta nova fase à reconstrução desta grande empresa, que estava a exportar mais este ano“, disse a governante aos jornalistas. A ministra da Agricultura e Alimentação justificou a sua presença como um ato de solidariedade, que “tem como consequências os apoios que pretendemos disponibilizar à empresa para que retome a atividade e possa fazer este negócio do bacalhau a partir de Coimbra”.
“Sabendo a cobertura do seguro e as elegibilidades do programa, não será difícil encontrar uma plataforma que permita satisfazer essas necessidades”, sublinhou Maria do Céu Antunes, que elogiou o facto de a Lugrade não ter dispensado nenhum trabalhador.
O sócio Vítor Lucas, que reparte a gestão da empresa com o irmão Joselito, revelou que os prejuízos da unidade destruída pelo fogo rondam os 20 milhões de euros e que o seguro cobre cerca de 13 milhões de euros. Aquela fábrica de bacalhau demolhado ultracongelado está situada em Torre de Vilela e tinha sido inaugurada em 2017.
Segundo Vítor Lucas, a empresa já está a trabalhar na sua reconstrução imediata, com o objetivo de, “na melhor das hipóteses, ter uma fábrica nova em dezembro deste ano”. Com a atividade afetada, a Lugrade tem contado com a colaboração de outras empresas do setor, que disponibilizaram linhas de produção para os seus produtos, que têm permitido minorar os impactos.
A ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, anunciou que o Governo tem preparados os primeiros avisos, “a publicar tão breve quanto possível”, que vão disponibilizar 121 milhões de euros para a pesca, aquacultura e transformação. “Estamos conscientes que os investimentos que vierem a ser feitos pela Lugrade para poderem cobrir todo o investimento necessário para a reposição do seu negócio e do seu caráter inovador, de sustentabilidade e garantia de postos de trabalho, seguramente que vai ter as melhores condições de elegibilidade neste programa [Mar 2030]”,
Com cerca de centena e meia de trabalhadores, a Lugrade-Bacalhau de Coimbra fechou 2022 com uma faturação superior a 40 milhões de euros, o que representou um aumento de cerca de seis milhões relativamente a 2021, apesar das quebras registadas no consumo. Inaugurada em 2017 e localizada em Torre de Vilela, a fábrica de bacalhau demolhado ultracongelado da Lugrade foi destruída por um incêndio, que deflagrou cerca das 21:00 do dia 20.
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