Revista de imprensa internacional

O El País publica, esta terça-feira, uma grande entrevista a Christine Lagarde, no mesmo dia em que a imprensa brasileira dá a conhecer novos desenvolvimentos do caso Lava Jato.

Na Europa, Christine Lagarde fala sobre a saída da “grande crise” e os riscos que o mundo ainda enfrenta, em entrevista aos meios da Leading European Newspaper Alliance, enquanto França se prepara para a primeira volta das eleições presidenciais no meio de várias manifestações. Do outro lado do Atlântico, o caso Lava Jato conhece novos progressos e Donald Trump poderá ter de atrasar os seus planos para a “ambiciosa” reforma fiscal”.

El País

FMI quer reforma laboral em Espanha

“Gostaria de prestar tributo à capacidade de resistência de um país que pôs em marcha reformas sérias e sólidas”. É desta forma que Christine Lagarde começa por responder à pergunta “o que deveria fazer Espanha para chegar forte à próxima crise?”, numa entrevista que concedeu aos meios da Leading European Newspaper Alliance (LENA). Ao El País, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) reconhece que os números melhoraram graças a estas reformas, critica a “dualidade” do mercado laboral espanhol, com trabalhadores muito expostos aos contratos a prazo e outros protegidos pelos contratos sem termo. “Essa dualidade tem de ser abordada: uma das chaves da recuperação espanhola foi a determinação para fazer reformas; por exemplo, para solucionar a instabilidade do setor bancário e dos créditos tóxicos”, refere. Leia a entrevista completa no El País (conteúdo em castelhano / acesso gratuito).

Le Figaro

A cinco dias das presidenciais, França está em protesto

A cinco dias da primeira volta das eleições presidenciais, marcadas para 23 de abril, França está em protesto. As manifestações vêm de vários lados, como destaca o Le Figaro esta terça-feira: os trabalhadores da fábrica da Whirpool de Amiens, no norte do país, exigem aumentos salariais; os médicos internos estão em greve, em protesto contra a reforma do curso de medicina; os instrutores das escolas de condução contestam a “uberização” da profissão; os profissionais dos transportes opõem-se às reformas no setor. Leia a notícia completa no Le Figaro (conteúdo em francês / acesso gratuito).

Estado de São Paulo

Lula chama 87 testemunhas ao caso Lava Jato

Nova fase do processo Lava Jato. Esta segunda-feira, Sérgio Moro, o juiz à frente da investigação a um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro, que envolve políticos e gigantes como a Petrobrás, autorizou a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva a ouvir 87 testemunhas. O antigo presidente do Brasil é acusado de praticar crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, no âmbito de um caso em que a construtora Odebrecht terá subornado a Petrobras em 75 milhões de reais. Sérgio Moro determinou que Lula da Silva terá de estar presente em cada uma destas audições, procurando prevenir “a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes ou que poderiam ser substituídas”. Leia a notícia completa no Estado de São Paulo (conteúdo em português / acesso limitado).

Financial Times

Chumbo do plano de saúde atrasa reformas fiscais de Trump

O secretário de Estado do Tesouro norte-americano admitiu que o calendário para a “ambiciosa” reforma fiscal prometida por Donald Trump poderá ser atrasado. Em causa, o facto de o novo plano de saúde americano, que iria substituir o Obamacare, não estar a reunir apoio, mesmo junto dos deputados republicanos. Perante este cenário, Steven Mnuchin reconhece agora que o calendário definido inicialmente, que previa que a reforma fiscal estivesse pronta até agosto, é “altamente agressivo ou mesmo irrealista”. Assim, “é justo dizer que, provavelmente, [a reforma] será adiada por causa do plano de saúde”, diz o secretário de Estado.. Leia a notícia completa no Financial Times (conteúdo em inglês / acesso pago).

Bloomberg

Arábia Saudita prepara privatização dos aeroportos

A Arábia Saudita está a preparar uma onda de privatizações, fruto do impacto da desvalorização do petróleo. O próximo alvo são os aeroportos, que serão transferidos para o fundo soberano saudita até meados de 2018. Antes desta transferência, os aeroportos serão transformados em empresas, refere Faisal Al-Sugair, presidente da Saudi Civil Aviation Holding. Ao mesmo tempo, a autoridade da aviação civil saudita deixará de ser, em simultâneo, operadora e reguladora. O maior objetivo da Arábia Saudita é atrair investimento nos aeroportos, numa tentativa de fazer renascer a indústria aeronáutica do país. Leia a notícia completa na Bloomberg (conteúdo em inglês / acesso pago).

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