BRANDS' ECO Ourique recebe Prémio Autarquia do Ano
O município de Ourique foi distinguido na 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, com o projeto “Educar para a arte - Oficina de Cante Alentejano”, na subcategoria de Incentivos ao Sucesso Escolar.
O Município de Ourique encontra-se na lista de vencedores que marca a 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano, com o projeto “Educar para a arte – Oficina de Cante Alentejano”, na categoria de Educação e na subcategoria de Incentivos ao Sucesso Escolar.
O objetivo do projeto premiado, implementado desde 2018, é promover a divulgação e a preservação do Cante Alentejano, considerado Património da Humanidade. Para isso, esta iniciativa tem vindo a fomentar o ensino do Cante Alentejano nas escolas, de forma a que os alunos do concelho de Ourique possam aprender e valorizar esta expressão cultural da região.
Com o objetivo de alcançar algumas necessidades, o município explica o desenvolvimento de todo o conceito por detrás deste projeto.
Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?Ourique é um território com uma forte identidade rural, no Interior, onde se cruzam desafios associados à baixa densidade e ao enorme potencial produtivo da agricultura e pecuária. O projeto candidatado ao prémio cruza a ambição de renovar e afirmar as tradições, como o Cante Alentejano, junto dos mais jovens com a promoção do sucesso escolar, o investimento municipal na valorização dos processos de aprendizagem e a coesão social em torno das marcas de identidade. É uma das expressões da forte aposta municipal na educação, na disponibilização de apoios sociais e na projeção da ruralidade como fator diferenciador, com potencial de desenvolvimento local, cultural, económico e social.
Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?Nos últimos anos, as dinâmicas individuais e comunitárias estiveram muito condicionadas e provocaram a suspensão de atividades e o afastamento físico das crianças. Com a recuperação do pulsar das comunidades, o Município de Ourique disponibilizou por via do seu Projeto Educativo Municipal, o Projeto Educar pela Arte, onde se integram as Oficinas de Cante Alentejano, tendo como referência o trabalho já desenvolvido no âmbito do projeto “À descoberta do Saber”, independentemente das crianças que participaram virem a ser ou não cantadores, vão transportar consigo e dar continuidade a esta tradição. Nas atividades não se fala só das modas, mas também, do que é que elas significam, e, portanto, há toda uma aprendizagem e uma ligação à cultura do Alentejo. Além de dar realce às artes na educação, esta iniciativa, em 2021, concretizou o compromisso de valorizar as marcas de identidade através de respostas de proximidade que contribuem para o desenvolvimento individual e comunitário, num projeto liderado pelo professor José Diogo Bento, músico e formador de Cante Alentejano, um “filho da terra” que canta desde os 3 anos de idade, em articulação com os professores titulares de turma e professores das atividades extracurriculares que asseguram a contextualização necessária ao desenvolvimento das Oficinas em contexto educativo.
Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 4ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?O “Educar para a Arte – Oficina de Cante Alentejano” é um projeto inovador, diferenciado e importante para a preservação das marcas de identidade, neste caso de uma expressão que é património da humanidade pela UNESCO. A escolha foi natural, mas na ação social, na área da educação e na valorização das marcas de identidade poderíamos ter outras candidaturas porque a estratégia local e o investimento municipal são muito relevantes, sempre com o foco nas pessoas e no território rural.
Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão, junto da sua comunidade?O Grupo Coral Infantil do Concelho de Ourique é hoje uma marca positiva da afirmação das tradições, da promoção de atividades que concorram para o sucesso escolar e da coesão social, pelos sentimentos positivos que geram nas crianças, nas famílias e na comunidade. Em relativamente pouco tempo, esta marca de identidade, já foi projetada pública e mediaticamente com grande êxito, pela participação em espetáculos, em colaborações com artistas nacionais e presenças em meios de comunicação social. Com o contributo de todos os envolvidos, é um espaço de afirmação individual e comunitário que suscita realização, orgulho e coesão em torno de valores positivos.
Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2023?O Cante Alentejano interpretado pelos mais jovens, sob a direção do professor José Diogo Bento, não só cumpriu boa parte dos objetivos iniciais como os superou em termos de afirmação pública do projeto, pelos espetáculos realizados, pela mobilização gerada e pelo reconhecimento obtido, em que o Prémio de Autarquia do Ano é uma expressão importante. Embalados pelas modas do cante do grupo infantil e pelo esforço sustentado de afirmação do Mundo Rural e da geração de melhores condições de vida, de atração e de fixação de população, o projeto contribui para a geração de dinâmicas positivas que contribuem para responder aos desafios estruturais e às novas realidades.
Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?Há naturalmente um impacto positivo nas crianças, na comunidade e na ambição de promover e valorizar as marcas de uma identidade rural de um território com muitas expressões tradicionais, um grande potencial produtivo e impulsos inovadores. A Oficina de Cante Alentejano teve uma projeção tão positiva na realização dos participantes, gerando melhores condições para as aprendizagens, que o grande desafio é conseguir manter um nível de sustentação da atividade que consolide o projeto e continue a gerar mobilização e orgulho junto da comunidade. O foco estará sempre nas crianças, na valorização das aprendizagens, na sua realização pessoal e na coesão social e territorial.
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