Dona do Correio da Manhã confirma oferta de 75 milhões e pede 60 dias para responder

Grupo que detém o Correio da Manhã diz que está “numa fase preliminar de avaliação da proposta e do preço oferecido”, pedindo um prazo mínimo de 60 dias para responder.

A Cofina Media confirmou esta sexta-feira à noite ter recebido a 27 e 28 de junho uma “oferta vinculativa e uma oferta vinculativa revista, respetivamente”, para a aquisição da totalidade do capital, subscrita pelos administradores da empresa, Ana Dias e Luís Santana, e por Octávio Ribeiro, ex-diretor do Correio da Manhã, “a quem se juntará um conjunto de investidores não identificados”.

“A proposta prevê um preço calculado considerando um Enterprise Value de 75 milhões de euros, sujeito a condições e ajustamentos. Na presente data, a Cofina encontra-se numa fase preliminar de avaliação da proposta e do preço oferecido, tendo já comunicado aos proponentes que o prazo de cinco dias úteis por estes proposto para decisão da Cofina revela-se insuficiente”.

Em contrapartida, acrescenta no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o grupo liderado por Paulo Fernandes solicitou um “prazo de 60 dias prorrogáveis unilateralmente tendo em conta critérios de razoabilidade e na medida do necessário”.

Como o ECO revelou esta manhã, o futebolista Cristiano Ronaldo vai ser acionista de referência da Cofina, empresa que controla a CMTV, o Correio da Manhã e o Jornal de Negócios, entre outras publicações, no âmbito do processo de Management Buy Out (MBO) que está a ser liderado por Octávio Ribeiro e Luís Santana. Este último já confirmou, entretanto, à Lusa que o capitão da seleção nacional será um dos investidores nesta operação.

Contar com Cristiano Ronaldo, o melhor futebolista de sempre, um atleta de exceção que partilha os valores da exigência, do rigor, do trabalho e da resiliência, como investidor é naturalmente um grande motivo de satisfação para a equipa que está a desenvolver o MBO da Cofina Media, que oportunamente será apresentado aos acionistas“, resumiu o administrador executivo da Cofina.

Os acionistas de referência da Cofina SGPS — a holding que controla a 100% a Cofina Media e que em 2022 teve lucros de 10,5 milhões de euros, um EBITDA operacional de 13,6 milhões de euros e um EBITDA de 8,9 milhões de euros –, também vão manter-se no capital, embora com posições mais baixas, além dos gestores e de Cristiano Ronaldo. Tudo aponta para participações da ordem dos 30% de cada um dos três grupos, apurou o ECO.

Cristiano Ronaldo não é apenas um astro dentro das quatro linhas. O jogador formado no Sporting CP e recordista de internacionalizações por Portugal é também um investidor com uma carteira de participações empresariais vasta e diversificada. De acordo com uma pesquisa do ECO, é dono de um império empresarial composto por mais de uma dezena de participações diretas e indiretas em empresas nacionais a operar em diferentes setores de atividade, com particular foco no turismo e no imobiliário.

(Notícia em atualização)

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