Estado emite 1.250 milhões até 12 meses e paga mais de 3,2%

Ao fim de quatro meses de ausência, Portugal volta ao mercado de dívida de curto prazo através da realização de dois leilões a 6 e 12 meses. O custo das emissões ficou acima do que pagou em março.

Portugal voltou esta quarta-feira ao mercado de dívida de curto prazo pela emissão de 1.250 milhões de euros, através de dois leilões de Bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses promovidos pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).

Na emissão de 6 meses, com maturidade a 19 de junho de 2024, o Estado pagou 3,28% para se financiar em 350 milhões de euros. Na maturidade a 12 meses, pagou 3,53% para se financiar em 900 milhões de euros através do lançamento de uma nova linha com maturidade a 19 de julho de 2024.

Nos últimos dois leilões com características semelhantes, realizados a 15 de março, o Tesouro pagou 2,89% para colocar no mercado 423 milhões de euros a 6 meses e 2,98% para se financiar em 300 milhões de euros a 12 meses.

Significa que, na emissão de 6 meses, o Estado teve de pagar 1,13 vezes mais do que em março, e a emissão a 12 meses resultou num custo 1,19 vezes acima do preço que pagou na emissão semelhante da última vez que foi ao mercado, há quatro meses.

Apesar de Portugal ver o seu prémio de risco subir, tem beneficiado do bom desempenho da economia e conseguido baixar o nível de endividamento, pelo que o aumento que temos vindo a assistir ainda não constitui um problema para as finanças nacionais”, refere Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa.

A emissão de 6 meses contou com uma procura 2,84 vezes acima da oferta e a emissão a 12 meses teve uma procura de 1,54 acima da oferta.

Segundo o Programa de Financiamento da República Portuguesa de 2023 para o terceiro trimestre, Portugal só voltará ao mercado a 20 de setembro, com a realização de dois leilões de bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses, com um montante indicativo entre 1.250 milhões e 1.500 milhões de euros.

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