Lucros da dona do Pingo Doce sobem 36%, para 356 milhões, no primeiro semestre
O grupo teve 356 milhões de euros em lucros entre janeiro e junho de 2023. Pingo Doce abriu seis novas lojas e encerrou uma no país.
Os lucros do grupo Jerónimo Martins subiram mais de 36%, para os 356 milhões de euros, no primeiro semestre deste ano, segundo o comunicado enviado ao mercado. No caso do Pingo Doce, uma das insígnias do grupo, “o bom desempenho de vendas permitiu diluir o aumento dos custos” num período em que abriu seis novas lojas, fechou uma e remodelou 20 localizações no país.
A nível do grupo, as vendas cresceram 22,1%, para 14,5 mil milhões de euros, com o EBITDA a aumentar 18,1% para mil milhões. A margem EBITDA baixou para os 6,9%, o que a Jerónimo Martins justifica com o investimento em preço e a inflação nos custos registada nos três países em que opera.
As vendas do Pingo Doce subiram 8,6% nos primeiros seis meses do ano, para os 2,3 mil milhões de euros, um indicador que desacelerou no segundo trimestre (7,8%). A marca “registou um sólido crescimento das vendas, muito em resultado da sua agressiva política de preços e do contributo da área de meal solutions“, refere a nota publicada no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O EBITDA aumentou 7,6%, atingindo 129 milhões de euros, com a margem a ficar praticamente inalterada nos 5,7%.
Também o Recheio teve “um muito bom desempenho, conseguindo reconduzir a sua rentabilidade aos níveis pré-pandemia”. As vendas desta marca ascenderam a 632 milhões de euros no primeiro semestre, mais 23,2% face ao meso período do ano passado.
A Biedronka registou um aumento de 24,5% nas vendas em euros, para 10,3 mil milhões. O EBITDA cresceu 21% (em moeda local), mas a margem encolheu 24 pontos base para 8,5%.
Na Colômbia, a ARA registou um crescimento de 31,6% mas vendas para 1,1 mil milhões de euros, 31,6% acima do 1S 22. O EBITDA recuou de 26 milhões de euros no 1S 22 para 18 milhões, com a margem a cifrar-se em 1,7%, “claramente afetada pela decisão de concentrar o esforço de investimento em preço numa campanha massiva e de grande impacto realizada no segundo trimestre”.
“Não hesitaremos, como fizemos na Colômbia neste segundo trimestre, em continuar a alavancar na nossa solidez financeira para mantermos a flexibilidade e a capacidade, a cada momento, de fazer a diferença nos mercados onde estamos”, escreve Pedro Soares do Santos, presidente do grupo.
O grupo antecipa, para Portugal, desafios colocados pela “fragilidade do consumo interno” para o segundo semestre com o turismo a continuar a ser motor de crescimento do setor Horeca.
“Num contexto em que a confiança dos consumidores está muito fragilizada, o aumento dos salários mínimos e a manutenção de taxas de desemprego relativamente baixas poderão compensar, em parte, a pressão que a persistência da inflação e de taxas de juro elevadas geram sobre o rendimento disponível. A resiliência do consumo privado dependerá, no entanto, do equilíbrio que venha a verificar-se entre todas estas variáveis nos três países em que operamos”, nota o comunicado.
(notícia atualizada às 19h00)
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