Se toleramos a corrupção no desporto, dificilmente seremos capazes de a combater em outras áreas da sociedade.
Não é surpreendente para ninguém que o Qatar, o país organizador do campeonato do mundo de futebol masculino de 2022, que tem estado envolvido em alegações de corrupção desde o processo de licitação, se encontre agora sob investigação de corrupção no Parlamento Europeu, num processo conhecido como “
Qatargate”. Este caso sublinha a urgência de abordar a corrupção, não apenas no desporto, mas também na sociedade em geral. A corrupção não é um fenómeno inevitável; constitui sim o resultado de uma "escolha social", influenciada pelas preferências e valores dos cidadãos, e dos processos através dos quais estes são representados. Em democracias emergentes, como é o caso de Portugal - o país que inaugurou o que Samuel P. Huntington chamou a “terceira vaga de democratização” -, os efeitos da
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