“Baixe lá um bocadinho” os impostos às empresas. Nuno Melo junta três antigos presidentes do CDS
O presidente do CDS, Nuno Melo, defende que a descida de impostos às empresas conduzirá ao aumento de salários. Rentrée do partido juntou três antigos presidentes.
O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, pediu ao primeiro-ministro, António Costa, que “baixe lá um bocadinho” os impostos às empresas, defendendo que isso conduzirá ao aumento de salários. No encerramento de um encontro de ‘rentrée’ política do CDS-PP em frente à sede nacional deste partido, em Lisboa, Nuno Melo acusou o PS de governar atacando a iniciativa privada e de aumentar o número de pessoas dependentes do Estado com o objetivo de obter votos.
“Este Governo vergasta qualquer manifestação de esforço e de mérito com impostos e o resultado está aí: nós temos estagnação económica, nós temos pobreza, nós temos mais subsidiodependência e temos cada vez mais jovens a sair do país”, sustentou.
Nuno Melo afirmou que o CDS-PP “combate este socialismo com outro modelo de sociedade e outro modelo económico”, com “menos portugueses a dependerem do Estado” e “uma redução da carga fiscal que devolva rendimentos às famílias e às empresas”.
Segundo o presidente do CDS-PP, os salários são baixos, não porque “as entidades empregadoras queiram que assim seja”, mas porque “o Estado retém tanto que sobra pouco para se poder aumentar esses salários”. “Doutor António Costa, baixe lá um bocadinho aquilo que retém às empresas e verá que os salários sobem, e não sobem por decreto, sobem por justiça e sobem por vontade”, apelou.
Nuno Melo – que juntou neste encontro três antigos presidentes do CDS-PP, Manuel Monteiro, Assunção Cristas e Paulo Portas – manifestou-se esperançoso numa vitória da coligação PSD/CDS-PP nas eleições regionais da Madeira e convicto de que os democratas-cristãos voltarão a ter representação parlamentar nas próximas legislativas.
“O CDS há de voltar à Assembleia da República, porque é de justiça e Portugal precisa e beneficia com a volta do CDS à Assembleia da República. Nenhum outro partido representa hoje na Assembleia da República o que o CDS é. O CDS não está lá, mas não foi substituído por mais ninguém”, declarou.
Portas defende que Portugal precisa do CDS-PP para travar extremismos e ódios
O antigo presidente do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu também este sábado que o sistema político português precisa deste partido para travar o crescimento de extremistas, da crispação e de ódios e promover a racionalidade e a concórdia.
“Sem o CDS, Portugal e o seu sistema político ficam pior. Sem o CDS, haverá menos ideias e mais gritaria. Sem o CDS, haverá menos moderados e mais extremistas. Sem o CDS, haverá menos racionalidade e mais demagogia”, declarou Paulo Portas, num encontro de ‘rentrée’ política do CDS-PP em Lisboa, em frente à sede nacional deste partido.
O antigo vice-primeiro-ministro – que discursou antes do presidente do CDS-PP, Nuno Melo – acrescentou: “Sem o CDS, haverá menos viabilidade para uma alternativa, porque sem o CDS será fácil a alguns fazer campanhas baseadas no medo e mais difícil construir um projeto de esperança”, prosseguiu Paulo Portas, aconselhando: “Olhem para o que aconteceu em Espanha e tirem as vossas lições”.
Antes de Paulo Portas, também os antigos presidentes do CDS-PP Manuel Monteiro e Assunção Cristas discursaram nesta ‘rentrée’ do partido, que deixou de ter representação na Assembleia da República nas últimas legislativas, de janeiro de 2022, e viu o Chega e a Iniciativa Liberal tornarem-se respetivamente na terceira e quarta maiores forças parlamentares.
Na sua intervenção, Assunção Cristas definiu o CDS-PP como “uma direita moderada”, que “respeita as instituições” e “uma direita responsável”, observando que “moderação é um valor que às vezes parece que caiu em desuso” e que implica “capacidade de ouvir, capacidade de integrar, capacidade de resolver sem ir para os extremos, sem ir para os radicalismos”.
“É na moderação, no bom senso, na racionalidade e na sensibilidade que nós conseguimos ter soluções eficazes para os problemas”, sustentou a antiga ministra.
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