BRANDS' ECO Concentração de talento por metro quadrado

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  • 16 Novembro 2023

O stand da Unicorn Capital com a StartupPortugal, que reúne muito do talento nacional, recebeu a visita de Carlos Moedas, Presidente da CML, e do Vereador da Economia e da Inovação, Diogo Moura.

O stand da Lisboa Unicorn Capital partilhado com a Start Up Portugal pode ser considerado como um dos pontos da Web Summit com a maior concentração de talento nacional por metro quadrado. Na visita que fez àquele espaço, e na qual participou também o Ministro da Economia, António Costa e Silva, o Vereador da Câmara Municipal de Lisboa com o pelouro da Economia e Inovação, Diogo Moura, sublinhou em declarações ao ECO, que este é “um momento de orgulho, que cimenta a marca e representa o concretizar de um sonho e da missão para a inovação na cidade”.

Diogo Moura admitiu que nem todas as empresas têm de ser “unicórnios”, mas que todas devem aspirar a crescer: “É essa a nossa ambição e os números falam por si. Desde que a Fábrica de Unicórnios abriu, há um ano, já temos mais de 50 empresas internacionais da área da tecnologia a lançarem as suas operações em Lisboa, tal como 12 unicórnios que fizeram o mesmo na capital. Todas essas empresas já geraram mais de 10 mil empregos, tendo um impacto direto naquilo que é a economia da cidade de Lisboa”.

É por isso que, para o Vereador, a Web Summit constituiu “uma mudança de chip para o país, pois é um evento que reúne em quatro dias os believers (sonhadores), apresentando-os a investidores que os possam ajudar”. Esta opinião também é partilhada por Lourenço Booth, project manager da Lisboa Unicorn Capital, que destacou a crescente importância da cidade aos olhos de quem quer investir: “Há uma magia no ar e um ecossistema muito vibrante e muito ativo, que cativa investidores em early stage e dá também um terreno fértil para que as scaleups consigam crescer”.

“Temos um excelente nível de inglês, excelentes profissionais, e há muitas empresas que vêm, de facto, para recrutar o nosso talento, reconhecido internacionalmente. Nos últimos três ou quatro anos vimos a percentagem de investimento externo a ser cada vez maior, sendo que em 2022 foram quase 500 milhões de euros investidos em startups com sede em Lisboa”, acrescentou Lourenço Booth.

No entanto, mais do que chamar a atenção para o talento nacional, há também que conseguir retê-lo. Margarida Figueiredo, Diretora Municipal de Economia e Inovação, considera crucial dar aos empreendedores a garantia de que o intuito é “reter o talento português e fazer com que aqueles que foram para fora regressem ao nosso país”.

Para as startups presentes no stand da Startup Portugal e da Unicorn Capital, a Web Summit é a oportunidade perfeita para se mostrarem ao mundo. Tiago Rebelo, da Swee, revelou que “um dos objetivos é aumentar a distribuição no mercado americano e que a cimeira lhes vai dar, nesse sentido, muitas boas histórias para contar”. Eloisa dos Santos, da GoodStore, também se mostrou confiante: “Viemos aqui fazer networking e perceber aquilo que as outras empresas andam a fazer”. A jovem destacou ainda a ajuda dada pela Startup Portugal, que os preparou para a cimeira e lhes deu a conhecer o ecossistema. Para Leonel Simão, da Youship, a presença na Web Summit já não é novidade mas continua a ser fundamental para “demonstrar aquilo que de melhor se faz em Portugal ao nível da inovação e para fazer networking”.

O primeiro aniversário da Unicorn Factory Lisboa foi assinalado com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, no palco principal do stand. Ao ECO, o autarca disse que aquilo que começou por ser “um sonho numa folha em branco” se transformou num motivo de orgulho para a cidade. “Somos muito bons na criatividade, mas faltava processo e daí surgiu a ideia de uma fábrica e uma fábrica para fazer coisas grandes, unicórnios”, referiu o autarca, descortinando ainda o seu mais recente sonho, de criar um porto seguro da inovação.

“O meu maior receio é que a tecnologia se vá afastando das pessoas. Acho que a tecnologia devia centrar-se nos problemas da nossa vida diária e, portanto, o que eu queria fazer é, ao lado da fábrica de unicórnios, receber um projeto de pessoas em situação de sem abrigo com projetos de inovação social e, dentro desse projeto, começar a focalizar as energias da tecnologia para resolver problemas que hoje temos. Podemos pensar em tecnologia na área da Habitação, da Saúde. Gostava de passar agora para uma outra fase, de criar programas de inovação social”, revelou Carlos Moedas.

Neste ambiente de celebração do talento e da inovação, a nova líder da Web Summit, Katherine Maher, juntou-se ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, num evento que acolheu dezenas de pessoas nos Paços do Concelho, onde, apesar da descontração, o networking foi, como não podia deixar e ser, palavra de ordem.

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