BRANDS' ECO As marcas, as bandas e a curadoria musical
Este é um texto sobre comunicação de marketing, sobre emissores e recetores, sobre pessoas que queremos que nos oiçam.
Uma opinião profissional sobre como ligar com eficácia, marcas a músicas. Comecemos pelo princípio, pela definição de curador; “aquele que cuida melhor, guarda e protege, que é encarregado pela organização e manutenção; designação comummente associada às artes e exposições.” A curadoria musical é, aos dias de hoje, uma realidade do mundo da comunicação, em mercados maduros, como o inglês, americano ou brasileiro. É um processo de escolha, por entre uma diversidade de opções estéticas sonoras disponíveis, a partir de uma pesquisa musical, para definir as que mais se adequam a expressar uma mensagem para uma marca.
Por isto, cada vez mais a curadoria musical está na vida dos marketeers e invariavelmente dos consumidores. Claro que todos podemos e devemos fazer as nossas “curadorias musicais”, playlists ou programações, mas sabemos que, em boa verdade, a maioria das pessoas as prefere receber já feitas; organizadas em função do momento ou temática tal e etc.… por isto também, alguém as faz (emissor), a pensar nesse alguém que as quer (recetor). Quando se trata de comunicar através da música, ligar profissionalmente uma marca à música, importa consultar quem se dedica a fazer o trabalho, de forma profissional, apaixonada, criativa e com foco nos objetivos a que cada marca propõe responder; profissionais com capacidade para descobrir novos caminhos, territórios e formatos musicais de comunicação.
A curadoria musical para marcas pressupõe, para além do gosto pessoal, alguém do outro lado para quem esta é pensada, construída com um determinado objetivo. Claro que é legítimo pensar que se temos uma marca que toca imensas pessoas, chamamos um músico “imensas pessoas” e já está! Mas isso existe? Sim, claro, mas nunca nada nos toca assim… Se a música tem que ir ao encontro de um momento específico, hábitos ou mudança deles, idades, tendências, ou ambientes específicos oscilantes num período de tempo, coitado daquele que toca tudo, e afinal toca muito para pouco ou muito para nada. E um desperdício financeiro.
O curador musical será sempre uma espécie de garimpeiro, no meio de tanta música que passa nos dias de hoje, das diferentes formas e plataformas, dos diversos acessos e valores, de forma a conseguir descobrir as “melhores pepitas”, para recomendar / usar nos projetos a realizar. Só com conhecimento profundo, destes dois mundos se consegue com eficácia, desenhar e celebrar projetos win-win, capazes de fidelizar públicos. Por isto, a curadoria musical (music branding) muito mais que alinhar, programar bandas ou tocar músicas – é comunicar! E saber deixar o gosto pessoal musical, para as pessoas.
Luís de Carvalho, Founder da Bands and Brands
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