Costa Silva reage a Bruxelas e defende corte gradual nos apoios à energia
Costa Silva defendeu que retirada dos apoios no setor energético "não pode ser feita de um dia para o outro", reagindo ao apelo da Comissão Europeia para que a subsidiação termine.
O ministro da Economia, António Costa Silva, disse hoje que o Governo vai analisar as recomendações de Bruxelas, mas que as medidas de apoio energético não podem ser cortadas de um dia para o outro.
“O que nos preocupa é defender a indústria nacional e as empresas nacionais face à conjuntura energética”, afirmou hoje o ministro da Economia, defendendo que “a desimplementação desses apoios [no setor energético] não pode ser feita de um dia para o outro”.
A Comissão Europeia instou na terça-feira Portugal a reduzir as medidas de apoio energético “o mais rapidamente possível em 2023 e 2024”.
No parecer à proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), publicado no âmbito do Semestre Europeu, o executivo comunitário considera que esta “não está totalmente em conformidade com a recomendação” do Conselho que em julho sugeriu que Portugal reduzisse os apoios energéticos atualmente em vigor.
“São recomendações de Bruxelas que o Governo vai seguir e analisar”, disse o ministro, vincando que, apesar de se ter registado uma diminuição dos preços do petróleo, nas últimas semanas, “os apoios às empresas, provavelmente tem que se graduar”.
“É fundamental manter os apoios e gradualmente ver como é que a economia se vai comportar”, afirmou à agência Lusa.
António Costa e Silva falava à agência Lusa à margem de uma visita à freguesia da Benedita, no concelho de Alcobaça, no distrito de Leiria, no âmbito da promoção das atividades empresariais e ‘clusters’ da região Oeste.
O ministro visitou a empresa IVO cutelarias e as obras de construção da Área de Acolhimento Empresarial da Benedita.
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