EDP repudia “atos de vandalismo” do grupo Climáximo no MAAT
A EDP, proprietária do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), repudiou a ação de ativistas ambientais da Climáximo, que despejaram tinta no edifício como forma de protesto contra a empresa.
A EDP, proprietária do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), repudiou este domingo a ação do movimento de ativistas ambientais Climáximo, que hoje despejou tinta no edifício como forma de protesto contra a empresa. “Partilhando das preocupações relativas aos desafios climáticos, a EDP repudia, porém, quaisquer atos de vandalismo”, refere a instituição, em comunicado.
Para a empresa, “o debate sobre a ação climática deve ser conduzido de forma construtiva, com a participação de todos — empresas, governos, cidadãos e associações — procurando-se sempre as melhores soluções para um planeta mais sustentável”.
E nesse sentido, alega a EDP, a empresa “integra este esforço coletivo”, tendo começado “há várias décadas uma transição para fontes limpas de energia”, que representam atualmente 80% da sua energia a partir de tecnologias renováveis. “A empresa está a investir 25 mil milhões de euros na transição energética até 2026, fechou em 2021 a sua central a carvão em Portugal e recentemente anunciou a transformação das restantes (em Espanha e no Brasil) com o objetivo de encerrar o uso de carvão até 2025”, recorda a EDP.
Os ativistas do grupo Climáximo pintaram a fachada MAAT, em protesto contra a atividade da EDP na crise climática e o uso da sua fundação para “lavar a imagem”. Segundo um comunicado do grupo ativista radical, duas pessoas terão sido detidas após escreverem na fachada e cobrirem de tinta vermelha a escadaria do MAAT.
Contactado pela Lusa, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP adiantou que a situação ainda está a ser analisada e que os jovens terão sido apenas identificados, aguardando se haverá queixa para formalizar as detenções.
Em comunicado, o grupo Climáximo acusa a EDP de ser um dos maiores importadores de combustíveis fósseis para produzir energia em Portugal e considera a elétrica “diretamente culpada pelas mortes e destruição que advêm da crise climática”, condenando a população a “catástrofes a curto e longo prazo”.
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