Produção global de seguros diminuiu 5% até setembro para 8,5 mil milhões de euros
A produção global de seguro direto em Portugal diminuiu, até setembro deste ano, 5%, em relação ao período homólogo de 2022, atingindo perto de 8,5 mil milhões de euros, de acordo com a ASF.
A produção global de seguro direto em Portugal diminuiu, até setembro deste ano, 5%, em relação ao período homólogo de 2022, atingindo perto de 8,5 mil milhões de euros, de acordo com a ASF.
Num relatório sobre a evolução da atividade seguradora no terceiro trimestre deste ano, a Autoridade de Supervisão e Seguros e Fundos de Pensões (ASF) disse que, até setembro, “a produção global de seguro direto relativa à atividade em Portugal diminuiu 5% face ao período homólogo de 2022, situando-se em cerca de 8,5 mil milhões de euros”.
Segundo a ASF, o “ramo Vida apresentou uma quebra de 20,7%, tendo sido relevante para este decréscimo a diminuição verificada nos seguros de Vida Ligados (50,8%), em particular nos PPR (73,3%)”, sendo que “os ramos Não Vida registaram um crescimento de 10%, de onde se destaca o crescimento de 15,9% no ramo Doença, cujo peso relativo na produção passou a ser de 20,4% no final do período”.
O regulador indicou ainda que, no mesmo período, “os montantes pagos verificaram um acréscimo de 12,2%”, destacando que “para este aumento foram determinantes o crescimento de 12,7% no ramo Vida, potenciado pela variação positiva de 22,9% verificada nos seguros de Vida Não Ligados (incluindo os PPR Não Ligados), e de 11,2% nos ramos Não Vida”, tendo para isso “contribuído os ramos Incêndio e Outros Danos (25,4%) e Doença (19,7%)”.
A ASF revelou também que, até setembro, “o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros totalizou 49,2 mil milhões de euros, o que representa um decréscimo de 3% face ao final do ano anterior“, destacando que “na mesma data o volume de provisões técnicas foi de 41,4 mil milhões de euros”.
De acordo com a entidade, “o rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) – medida do montante de fundos próprios necessários para a absorção das perdas resultantes de um evento de elevada adversidade” e que “resulta da agregação das cargas de capital relativas aos vários riscos a que as empresas de seguros se encontram expostas – foi de 204%”.
A ASF explicou que isto reflete um aumento de sete pontos percentuais face ao final de 2022.
Por fim, “o rácio de cobertura do Requisito de Capital Mínimo (MCR) – nível mínimo de fundos próprios abaixo do qual se considera que os tomadores de seguros, segurados e beneficiários ficam expostos a um grau de risco inaceitável – foi de 552%”, um crescimento de cerca de 35 pontos percentuais face ao final do ano anterior.
O relatório completo pode ser visto aqui.
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