Sem Trump “não sei se me candidataria” em 2024, assume Joe Biden
"Não podemos deixá-lo ganhar", disse o democrata Joe Biden, admitindo ter dúvidas se seria candidato a um segundo mandato presidencial em 2024 se o republicano Donald Trump não estivesse na corrida.
O democrata Joe Biden admite ter dúvidas se seria candidato a um segundo mandato presidencial nas eleições de 2024 se o republicano Donald Trump não estivesse na corrida.
“Se Trump não se candidatasse, não sei se me candidataria”, disse Biden, 81 anos, citado pela agência francesa AFP.
“Mas não podemos deixá-lo ganhar”, acrescentou, numa reunião com doadores democratas perto de Boston (nordeste), referindo-se ao antigo Presidente, que é atualmente o claro favorito nas primárias republicanas.
Representantes votam inquérito para destituir Biden
A Câmara dos Representantes dos EUA vai votar na próxima semana a autorização formal para uma investigação com vista à destituição do presidente, o democrata Joe Biden, anunciou o republicano Mike Johnson. O presidente da câmara baixa do Congresso justificou a decisão com a recusa da Casa Branca dos seus pedidos de informação.
Johnson e a restante direção republicana têm estado a ponderar nas últimas semanas se avançam com uma votação formal sobre o seu inquérito, que dura há meses, ao presidente, que se tem centrado nas relações empresariais de outros membros da sua família. Até agora, as investigações não produziram qualquer prova de más práticas por parte de Biden.
Enquanto alguns republicanos manifestam reservas quanto à investigação, Johnson disse que a Câmara precisa de exercer a sua autoridade em pleno confronto com a Casa Branca a propósito dos pedidos de informação relacionados com o presidente e o seu filho Hunter Biden.
“A Câmara não tem outra escolha, se quiser assumir a sua responsabilidade constitucional, senão aprovar formalmente uma investigação para a destituição” (‘impeachment’), disse Johnson a jornalistas.
A Casa Branca tem repetidamente desvalorizado o inquérito pretendido pelos republicanos como um “exercício sem fundamento” destinado a apaziguar os congressistas republicanos de extrema-direita.
Há muito que os republicanos têm considerado que a investigação não era necessária, mas começaram a reconsiderar quando os advogados da Casa Branca usaram a falta de autorização formal da Câmara dos Representantes para argumentarem que toda a investigação não tinha “legitimidade constitucional”.
Mas uma votação na Câmara dos Representantes, cujo processo entra no ciclo das eleições presidenciais, representa um teste importante à unidade dos republicanos, dada a sua maioria estreita, de 221 contra 213 democratas.
Por seu lado, os democratas da Câmara têm permanecido unidos na sua oposição ao processo de destituição, classificando-o como uma farsa usada pelos republicanos para desviarem atenções dos problemas judiciais de Donald Trump.
Para a votação ser favorável aos republicanos, quase todos os seus eleitos têm de votar a favor, tornando público o seu apoio a um processo que pode levar à pena política máxima para um presidente, que é a destituição do cargo, pelo que a Constituição descreve como “crimes e delitos graves”.
Para alguns republicanos moderados, especialmente os eleitos dos distritos onde Biden ganhou nas eleições presidenciais de 2020, é um voto que pode acarretar riscos políticos consideráveis. Johnson afastou preocupações quanto à sua capacidade de juntar os seus membros mais vulneráveis ao esforço de avançar com a investigação. A propósito, enfatizou que a Câmara não vai votar para destituir Biden, mas para continuar a investigar.
“Todos os moderados da nossa parte compreendem que esta não é uma decisão política”, disse. “Esta é uma decisão jurídica. Esta é uma decisão constitucional. E se alguém é a favor ou contra a destituição, isso agora não é importante”.
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