Etiópia junta-se oficialmente ao grupo de economias emergentes BRICS
O país africano foi convidado a aderir aos BRICS durante a 15.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do grupo, realizada na cidade sul-africana de Joanesburgo, entre 22 e 24 de agosto.
A Etiópia integrou esta segunda-feira o grupo de economias emergentes composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), na sequência do convite feito ao país africano em agosto, confirmou o Governo etíope.
“Hoje é um dia histórico, porque a Etiópia aderiu oficialmente aos BRICS”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Etiópia, em comunicado divulgado através das redes sociais.
O Governo acrescentou que “a sua adesão é um reconhecimento da rica contribuição multilateral da Etiópia para a promoção da paz, segurança e prosperidade internacionais, e do compromisso e liderança contínuos do país na cooperação Sul-Sul”, acrescentou.
O país africano foi convidado a aderir aos BRICS durante a 15.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo do grupo, realizada na cidade sul-africana de Joanesburgo, entre 22 e 24 de agosto.
Depois, Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Irão foram também convidados.
Cerca de quarenta países manifestaram o desejo de aderir ao grupo, segundo o Governo da África do Sul, que ocupou a presidência rotativa do bloco em 2023 e recebeu manifestações formais de interesse de 23 países, incluindo Argentina, Bolívia, Cuba, Honduras e Venezuela.
A China apoiou especialmente a expansão dos BRICS, que procuram mais peso nas instituições internacionais, até agora dominadas pelos Estados Unidos e pela Europa, uma vez que Pequim quer expandir a sua influência na concorrência com Washington.
A notícia da integração oficial da Etiópia surgiu dias depois de o presidente da Argentina, Javier Milei, que assumiu o cargo a 10 de dezembro, ter informado formalmente os líderes dos países membros que não vai integrar o bloco, contrastando com a reação positiva inicial que teve o seu antecessor, Alberto Fernández.
Milei comunicou a sua decisão em cartas enviadas no dia 22 de dezembro ao Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e aos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, bem como ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
O presidente argentino, que declarou o seu alinhamento com a política externa dos Estados Unidos, Israel, União Europeia e o chamado “mundo livre”, observou, na sua missiva, que, “assim, a incorporação da República Argentina como membro pleno dos BRICS não é considerada apropriada”.
Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo BRIC em 2006, ao qual a África do Sul aderiu em 2010, acrescentando a letra S à sigla.
O bloco representa mais de 42% da população mundial e 30% do território do planeta, bem como 23% do produto interno bruto (PIB) e 18% do comércio global.
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