O preço da habitação aumenta 4,7% em 2023 com previsão de estabilização no próximo ano

  • Servimedia
  • 29 Dezembro 2023

As previsões emitidas pela Servihabitat indicam que o fecho de 2023 terá uma redução de 10% nas transações de compra e venda, chegando a 600.000 transações, um número que aumentaria em 5% para 2024.

Os aumentos nas taxas de juros e o encarecimento do financiamento têm marcado o mercado imobiliário residencial em 2023, com um impacto no número de transações de compra e venda e que está se repetindo com maior intensidade no número de hipotecas.

De acordo com as últimas atualizações da Servihabitat, o número de operações terá uma queda de cerca de 10% ao final deste ano, embora ressalte que esse dado está condicionado pelos números recordes de 2022, que contavam com uma economia de poupança e recursos disponíveis para as famílias, o que permitiu atingir a marca de 700.000 transações de compra e venda nesse ano.

Borja Goday, CEO da Servihabitat, explicou que “diante desses dados, na verdade, estamos diante de uma pequena correção de mercado que nos colocaria novamente nos números mais comuns nos níveis médios do setor, então o mercado imobiliário residencial resistiu a 2023”.

Nesse contexto, espera-se que a demanda continue sólida e dinâmica para 2024, somada a um mercado de trabalho forte, o que indica que as transações de compra e venda terão um aumento de aproximadamente 5% até o final do próximo ano. Enquanto o mercado de segunda mão será mais sensível ao ajuste, a habitação nova se moverá nos mesmos intervalos dos últimos anos. Com uma projeção de aproximadamente 100.000 novas habitações por ano e a criação de quase 250.000 novos lares anualmente, a demanda continuará sendo muito maior do que a oferta, o que afetará os preços.

O preço da habitação já mostrou uma forte resistência em 2023, impulsionado pelo encarecimento do custo da construção nova. De acordo com a análise da Servihabitat, espera-se um aumento de preços de 4,7% para este ano, um indicador que, embora não mostre sinais de exaustão, tenderá a se estabilizar em 2024, com aumentos em torno de 3%.

Goday conclui que, embora o mercado possa contar com o respaldo de possíveis reduções das taxas pelo BCE, o mais relevante é que o endividamento dos lares mantém-se em percentuais razoáveis e que o mercado de trabalho continua resistindo, então 2024 teria uma dinâmica razoável e seria uma ponte para um 2025 com perspetivas mais claras.

Paralelamente a essas previsões, o último Índice Servihabitat de Dinamismo do Mercado Imobiliário (Insedim) referente ao terceiro trimestre de 2023 já indicava um ligeiro aumento de +1,4%, um resultado determinado pelo contexto macroeconómico.

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