BRANDS' ECO Embedded Savings: a conversão de aforradores em investidores

  • BRANDS' ECO
  • 16 Fevereiro 2024

A conversão de aforradores em investidores tem sido um desafio para a banca de retalho em Portugal. Num momento chave para a promoção do investimento, as fintech podem ser a solução.

Os hábitos de poupança em Portugal tem sido extensamente discutidos, tipicamente associados a uma baixa literacia financeira quando comparada a nível europeu ou a uma tradicional aversão ao risco. Adicionalmente, poderiam ser incluídos fatores como a capacidade de poupança ou fatores culturais, como a utilização do imobiliário como forma de poupança/investimento.

De acordo com o Inquérito à Situação Financeira das Famílias 2021, promovido pelo Banco Central Europeu, a penetração de instrumentos de poupança em Portugal é quase sempre inferior à média europeia (18,7% das família tem planos voluntários de pensão versus 28,4% a nível europeu, 0,8% e 4,7% detêm obrigações e ações correspondentemente comparando com 3,2% e 10,9% da zona euro). Estes indicadores apontam para uma realidade onde as poupanças são mantidas em depósitos ou contas à ordem.

O setor financeiro nacional tem realizado apostas na simplificação de jornadas de subscrição, ao mesmo tempo que tem focado os canais digitais mobile e na criação de conteúdos e plataformas educativas, mas existem ainda oportunidades a explorar. Esse será o foco do painel sobre Embedded Savings, com a participação do Nuno Pereira, da Paynest, e David Conde, da Coinscrap Finance.

Embedded Savings representa a disponibilização de ferramentas que, no contexto adequado, promovem ou facilitam a poupança e tem sido explorado pelo ecossistema fintech como estratégia para acelerar a poupança.

Para a banca, embedded savings apresenta duas principais oportunidades:

  • Por um lado, a criação de novas funcionalidades que aumentem o envolvimento do utilizador com as suas poupanças, desde simuladores de longo prazo (caso da inveert), a motores de regras de poupança (caso da Coinscrap Finance) ou até abordagens open banking aos investimentos (caso da Flanks).
  • Por outro lado, começam a surgir opções de poupança disponibilizadas por players não bancários. Veja-se o exemplo da Apple Wallet, que começou a disponibilizar opções de poupança remunerada para o cashback recebido. A nível europeu, a Coverflex, uma fintech dedicada à gestão da compensação e benefícios de colaboradores, disponibiliza aos utilizadores jornadas digitais para subscrever um Plano Poupança Reforma, de forma a criar um novo contexto para gerar poupança. Assim, geram-se novas oportunidades para a banca encontrar também novos parceiros para distribuir opções de poupança de forma contextualizada.

No próximo dia 27 de Fevereiro, a Embedded Everything Conf dará palco a este tema, discutindo de que forma poderão os players financeiros criar novas formas de converter aforradores em investidores.

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