Famílias mais pobres quase sem acesso a novos créditos à habitação
No ano passado, tal como em 2022, a percentagem de novos créditos à habitação atribuídos às famílias com menores rendimentos foi de apenas 3%, deixando-as dependentes do mercado de arrendamento.
No ano passado, foi quase impossível as famílias com menores rendimentos acederem a novos empréstimos para a compra de habitação. Se no terceiro trimestre de 2018 a percentagem de crédito concedido a “mutuários de risco elevado” foi de 32%, esta afundou para 3% em 2022 e 2023, noticia o Público a partir de um relatório do Banco de Portugal.
É o efeito das recomendações da medida macroprudencial para baixar os riscos do sistema financeiro, implementadas em setembro de 2018, que “continuaram a ser cumpridas em 2023”, com a melhoria de alguns indicadores. Só que esse aperto das regras para a concessão de crédito está a deixar as famílias mais vulneráveis dependentes de um mercado de arrendamento onde as rendas são cada vez mais caras, e, conjugado com o aumento das taxas de juro, sem a capacidade de adquirirem uma casa própria.
Ainda assim, em setembro de 2023, o Banco de Portugal aliviou um desses “travões” ao decidir que a chamada taxa de stress — que, nos contratos com taxa variável ou mista, faz agravar a taxa de juro para efeitos de cálculo da taxa de esforço — seria reduzida de três pontos percentuais para metade, no contexto dos juros mais elevados e perto do pico.
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