Continente e Pingo Doce dizem que lojas funcionam normalmente em dia de greve
As cadeias de supermercados Continente e o Pingo Doce disseram que as suas lojas estão a funcionar normalmente, em dia de greve dos trabalhadores do comércio e serviços.
As cadeias de supermercados Continente e o Pingo Doce adiantaram que as suas lojas estão a funcionar normalmente, em dia de greve dos trabalhadores do comércio e serviços.
Fonte oficial do Continente afirmou que “a operação nas lojas Continente decorre dentro da total normalidade“. De igual modo, fonte oficial do Pingo Doce disse que não há qualquer loja encerrada e está “tudo a funcionar dentro da normalidade“.
Lidl e Auchan foram contactados mas não comentaram até ao momento.
Hoje, Dia do Trabalhador, há greve dos trabalhadores do comércio e serviços convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (Cesp, afeto à CGTP) e também pelo Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços (Sitese, afeto à UGT).
De manhã, a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (Cesp) Célia Lopes disse à Lusa que se estão a registar “excelentes adesões” apontando para encerramentos parciais de lojas e totais de alguns serviços, sobretudo na grande distribuição alimentar.
Célia Lopes detalhou que, “por exemplo, na cadeia Auchan há já balcões encerrados em lojas do Algarve”, sendo que, “no centro e no sul do país, as próprias gasolineiras dos Auchan estão fechadas”.
Afirmou ainda que a loja Lidl no Barreiro abriu apenas com duas chefias, o que o sindicato considera sem as mínimas condições de segurança para que abra. A sindicalista lamentou a “inércia das autoridades competentes na fiscalização” do direito à greve.
No topo das reivindicações dos trabalhadores do comércio e serviços estão os aumentos salariais.
“Há 10/15 anos, em topo de carreira, qualquer trabalhador numa empresa de distribuição recebia perto de 200 euros acima do salário mínimo nacional, hoje estes mesmos trabalhadores recebem o salário mínimo”, afirmou Célia Lopes.
O sindicato denuncia ainda “uma pressão enorme no sentido da desregulação dos horários de trabalho” no setor, “por força da imposição de regimes de banco de horas, em que os trabalhadores, que já têm horários completamente desregulados, passariam a saber apenas a hora de entrada, nunca sabendo a que horas saíam”.
Afirmou ainda que devido a horários que se estendem pela noite (há centros comerciais a funcionar até à meia-noite e trabalhadores com horários de trabalho até à 00:30/01:00) e à grave falta de transportes públicos há relatos de “trabalhadores a gastarem dezenas, alguns até centenas de euros, todos os meses com Uber para se poderem deslocar ao final do dia para as suas casas”.
O sindicato reclama a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, o encerramento dos estabelecimentos comerciais aos domingos e feriados e a limitação dos períodos de funcionamento, para que estas unidades não possam estar abertas para além das 22:00.
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