Governo convida Carmona Rodrigues para presidente da Águas de Portugal

  • ECO
  • 9 Maio 2024

O antigo ministro social-democrata é o escolhido do Governo para liderar a empresa pública. Anúncio é feito no dia em que José Furtado, atual presidente da AdP, renunciou ao cargo.

António Carmona Rodrigues será o próximo presidente do grupo Águas de Portugal, indica o ministério do Ambiente, em comunicado, enviado às redações esta quinta-feira. O convite ao antigo presidente da Câmara de Lisboa e ex-ministro do PSD surge no dia em que foi conhecida a renúncia de José Furtado ao cargo.

“Na sequência da renúncia do presidente do Grupo Águas de Portugal, o Governo vai diligenciar ações conducentes à sua substituição, tendo sido convidado o professor António Carmona Rodrigues”, anuncia, na mesma nota, o Executivo.

O ministério justifica a decisão com o “vasto currículo nas áreas de recursos hídricos, hidráulica e ambiente do professor Carmona Rodrigues”. Já desempenhou funções como ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação, e como presidente da Câmara Municipal de Lisboa em substituição de Pedro Santana Lopes que foi indigitado como primeiro-ministro, em 2004. O mandato na autarquia terminou em 2007, na sequência da polémica relacionada com a troca de terrenos da antiga Feira Popular em Entrecampos, por terrenos no Parque Mayer da empresa Bragaparques.

O Executivo de Carmona no município também ficou marcado pela investigação da atribuição de prémios de produtividade aos administradores da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL).

O antigo autarca da câmara de Lisboa frequentou o Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, transferindo-se depois para a Academia Militar. Licenciado em Engenharia Civil, em 1978, Carmona Rodrigues especializou-se, em 1982, em Engenharia Hidráulica, em Delft, Países Baixos Doutorou-se depois, em 1992, na Universidade Nova de Lisboa em Engenharia do Ambiente. Chegou a dar aulas, na Faculdade de Ciências e Tecnologia desta Faculdade, nas áreas da Hidrologia e Hidráulica, nas licenciaturas em Engenharia do Ambiente e Engenharia Civil.

Esta tarde, o Ministério do Ambiente confirmou a renúncia de José Furtado à presidência do grupo AdP justificando que o visado, que ocupava o cargo há quatro anos, demonstrou vontade de “abraçar novos desafios profissionais”. Nos últimos dias, o presidente da Águas de Portugal ganhou protagonismo por se ter oposto ao pagamento de um dividendo extraordinário de 100 milhões de euros ao Estado realizado no dia 29 de dezembro, que Fernando Medina usou para melhor as contas públicas.

 

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