Emprego público atinge novo recorde e sobe para 748.870
No primeiro trimestre, o Estado criou mais 3.439 postos de trabalho, em termos homólogos, um aumento de 0,5%, sobretudo à boleia do crescimento do número de funcionários nas autarquias.
O número de funcionários públicos subiu para 748.870, no primeiro trimestre do ano, atingindo um novo máximo da série, que se inicia em 2011, segundo a síntese estatística da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), publicada esta quarta-feira.
Em termos homólogos, o Estado contratou mais 3.439 trabalhadores, o que corresponde a um aumento de 0,5%, sobretudo à boleia do crescimento do número de funcionários nas autarquias, sinaliza o relatório. Em cadeia, foram criados mais 3.280 postos de trabalho, uma subida de 0,4%, face ao trimestre anterior. Em comparação com o início da série estatística (último trimestre de 2011), “o aumento foi de 2,9%, o que correspondeu a mais 21.169 postos de trabalho”, indica a DGAEP.
Em termos homólogos, o aumento do emprego de 0,5%, nos primeiros três meses do ano, entre janeiro e março, “significou mais 3.439 postos de trabalho, com origem essencialmente no subsetor da administração local”, que contratou mais 3.291 trabalhadores, “uma subida de 2,5%, em resultado, sobretudo, do aumento de emprego na carreira de técnico superior”. “Na administração central, o aumento foi de 549 postos de trabalho (+0,1%)”, de acordo com o mesmo documento.
Face ao trimestre anterior, o aumento de 0,4% ou de mais 3.280 postos de trabalho “resultou sobretudo do acréscimo de trabalhadores na administração central (+2.104, correspondendo a +0,4%) e na administração local (+1.195 ou +0,9%)”. “Os maiores contributos para o aumento do emprego na administração central foram dados pela carreira médica”, para qual entraram mais 1.163 trabalhadores, “decorrente da contratação a termo de médicos que iniciaram o internato em estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde, e pelas Forças Armadas, nas quais se registaram mais 649 postos de trabalho”, detalhe a síntese estatística da DGAEP.
“No trimestre em análise, tiveram particular impacto na estrutura do emprego da administração central a transição de trabalhadores dos agrupamentos de centros de saúde e outras entidades do setor público administrativo para as unidades locais de saúde (entidades do setor empresarial do Estado), a reorganização e criação de novas entidades na área governativa da cultura e a transição de trabalhadores de entre diversas entidades, entre as quais se destacam as direções regionais de agricultura e pescas, para as comissões de coordenação e desenvolvimento regional”, lê-se no mesmo documento.
Salário médio bruto sobe 6,4% para 1.730,2 euros
Quanto à evolução do salário médio bruto no Estado, em janeiro, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das Administrações Públicas situava-se em 1.730,2 euros, o que corresponde a um aumento de 4,3% ou de 70,7 euros face ao mês de referência do trimestre precedente (outubro 2023). Em comparação com o período homólogo, isto é, com janeiro do ano passado, verificou-se um crescimento salarial de 6,4% ou de 104,4 euros.
O crescimento do ordenado médio deve-se ao “efeito conjugado da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios, de medidas de valorização remuneratória aprovadas para os trabalhadores em funções públicas e da atualização do valor da remuneração mínima mensal garantida”, de 760 euros para 820 euros, e do valor da base remuneratório da Administração Pública (BRAP)”, também conhecida como o salário mínimo praticado no Estado, que estava nos 769,2 euros e que subiu para 821,83 euros.
Já o ganho médio mensal, que inclui não só o ordenado mas também o pagamento de prémios, subsídios ou horas extraordinárias, atingiu os 2.043,5 euros, em janeiro deste ano, “correspondendo a uma variação global de 3,7%” ou de 73,8 euros, face ao trimestre anterior, e a uma variação homóloga de 6,6%” ou de 127,1 euros.
“A variação homóloga resulta do aumento da remuneração base média mensal e das restantes componentes do ganho, como subsídios e suplementos regulares. Já a componente do ganho referente ao pagamento por horas suplementares apresenta uma ligeira diminuição”, destaca o relatório.
(Artigo atualizado às 19h13)
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