CUF duplica emissão de obrigações para 60 milhões de euros

A CUF pretende utilizar o montante do empréstimo obrigacionista para diversificar as suas fontes de financiamento e alargar a maturidade média da sua dívida.

Inicialmente planeada para um montante de 30 milhões de euros, a CUF – SGPS anunciou esta sexta-feira uma duplicação do empréstimo obrigacionista a cinco anos que tem a decorrer, com o intuito de se financiar juntos dos investidores em 60 milhões de euros.

Com esta decisão, a empresa liderada por Rui Pires Diniz e controlada pela José de Mello Capital (que detém 65,85% do capital da empresa e a Farminveste detém uma participação de 30%), pretende colocar no mercado 120 mil “obrigações sustentáveis”, cada uma com um valor nominal unitário de 500 euros.

Estas obrigações, denominadas “Obrigações Ligadas a Sustentabilidade CUF SGPS 2024-2029”, têm uma taxa de juro fixa bruta de 4,75% ao ano e serão reembolsadas em 11 de dezembro de 2029. A oferta pública de subscrição (OPS) está aberta até às 15h horas do dia 6 de junho de 2024 aos pequenos investidores por via de um investimento mínimo de 2.500 euros.

Segundo a adenda ao prospeto da OPS, o aumento da emissão permitirá à CUF angariar cerca de 57,8 milhões de euros líquidos, após dedução dos custos de emissão. Estes custos incluem aproximadamente 1,53 milhões de euros em comissões de coordenação e montagem, 587 mil euros em honorários de consultores, auditores e publicidade, e 46 mil euros em taxas regulatórias.

A CUF revela que a principal finalidade da emissão destas obrigações passa por reforçar a posição financeira do grupo, permitindo-lhe financiar projetos estratégicos com um forte enfoque na sustentabilidade. De acordo com a adenda do prospeto da OPS, a CUF espera arrecadar aproximadamente 57,837 milhões de euros líquidos, após dedução dos custos de emissão, que incluem comissões de coordenação e montagem, honorários de consultores, auditores, publicidade, e taxas regulatórias​​.

No prospeto das obrigações, a CUF revela que pretende utilizar este financiamento para “diversificar as fontes de financiamento e alargar a maturidade média da sua dívida”, não existindo “uma atribuição específica pré-definida para as receitas que, para o Emitente, resultarão da Oferta e, consequentemente, não foi estabelecida pelo Emitente uma ordem de prioridade a este respeito.”

No entanto, sendo estes títulos de dívida emitidos com o carimbo de sustentabilidade, “os obrigacionistas terão ainda direito a receber uma remuneração adicional de 1,25 euros por cada obrigação, a pagar na data de reembolso, caso ocorra alguma situação de não verificação das metas de desempenho de sustentabilidade (Sustainability Performance Target ou SPT em inglês) até 31 de dezembro de 2028.

Entre essas medidas está, por exemplo, o compromisso da CUF de aumentar a percentagem de trabalhadores com formação em serviços inclusivos (KPI 1), tendo em vista reforçar a sensibilização dos seus trabalhadores para os serviços inclusivos, e a promover a utilização de carros elétricos e híbridos na Frota do Grupo CUF (KPI 2), tendo em vista alcançar uma mobilidade mais sustentável”, destaca a empresa no prospeto da OPS.

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