SAD do Benfica confirma renúncia do vice-presidente Luís Mendes na véspera de duas assembleias-gerais na Luz
SAD liderada por Rui Costa comunica à CMVM a demissão de Luís Mendes, administrador executivo e vice-presidente da SAD do Benfica. Para este sábado estão marcadas duas assembleias gerais do clube.
Luís Mendes, administrador executivo da SAD e vice-presidente do Benfica, bateu com a porta no clube da Luz. As “águias” confirmaram a demissão esta quarta-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD (“Benfica SAD”) informa, nos termos e para os efeitos do disposto na alínea a) do artigo 6.º, n.º 1 do Regulamento da CMVM n.º 1/2023, que o seu administrador executivo Luís Paulo da Silva Mendes apresentou, em 12 de junho de 2024, renúncia ao cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração da Benfica SAD. Esta renúncia produz efeitos nos termos previstos na lei”, lê-se na nota partilhada com o regulador.
Para este sábado estão marcadas duas assembleias gerais no clube encarnado. Os pontos mais relevantes em cima da mesa são a proposta de metodologia para discussão e votação das propostas de alteração dos estatutos e a deliberação sobre o orçamento ordinário de exploração, os investimentos e o plano de atividades para o exercício de 2024/2025, elaborados pela direção presidida por Rui Costa.
Esta terça-feira, o Tribunal Central de Instrução Criminal decidiu que todos os arguidos vão a julgamento no processo Saco Azul, que envolve a SAD do Benfica, a Benfica Estádio, o antigo presidente Luís Filipe Vieira e os elementos da anterior administração, Domingos Soares de Oliveira e Miguel Moreira, bem como José Bernardes.
Em causa está um esquema de pagamentos fictícios, entre dezembro de 2016 e dezembro de 2017, a uma empresa de informática, externa ao grupo Benfica, a Questãoflexível Lda., num valor que ultrapassa um milhão de euros.
A SAD do Benfica é acusada de dois crimes de fraude fiscal qualificada, com o Ministério Público a acusar também a sociedade Benfica Estádio de um crime de fraude fiscal e 19 de falsificação de documento. O procurador Hélder Branco dos Santos acusou ainda a empresa QuestãoFlexível dos mesmos crimes, sendo que José Bernardes responde também por branqueamento de capitais.
O processo Saco Azul remonta a 2017, com base em suspeitas de alegada utilização fraudulenta de verbas ligadas ao Benfica para pagamento a terceiros, no valor total de cerca de 2,2 milhões de euros faturados à Benfica SAD e Benfica Estádio.
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