“Tenho um estilo diferente e têm de me aturar desta maneira”, diz Montenegro
"O meu objetivo é deixar, do ponto de vista estrutural, um país para aqueles que vierem a seguir a nós poderem prosseguir e poderem levar numa rota de prosperidade", disse Montenegro.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, assumiu esta quinta-feira que tem “um estilo diferente” e que vão ter de o “aturar” dessa maneira, afirmando que está mais preocupado em resolver os problemas das pessoas do que na “troca de galhardetes” entre partidos.
“Sinceramente, respeito todos aqueles que querem fazer do jogo político esta troca de galhardetes entre partidos, mas eu tenho um estilo diferente e têm de me aturar desta maneira”, respondeu Montenegro aos jornalistas, quando confrontado com as declarações de Pedro Nuno Santos que, na Grande Entrevista da RTP3, na quarta-feira, disse que o PS não pode ser ignorado no Orçamento do Estado, dando a entender que o primeiro-ministro não fala com ele.
“O meu estilo é estar perto das pessoas e tentar dar resposta aos problemas delas, ao mesmo tempo, que é meu objetivo deixar, do ponto de vista estrutural, um país para aqueles que vierem a seguir a nós poderem prosseguir e poderem levar numa rota de prosperidade”, declarou Luís Montenegro, em Vieira do Minho, distrito de Braga, à margem da inauguração de uma unidade de saúde.
O primeiro-ministro refutou a crítica de que não dialoga com a oposição, sublinhando que ambas as partes “têm falado quando têm de falar, os grupos parlamentares na Assembleia da República têm dialogado quando têm de dialogar”, acrescentando que “tudo isso é o normal funcionamento da democracia”.
“Vai haver momento para apresentarmos, com os partidos da oposição, as nossas propostas orçamentais, ouvir as deles, aprovar o Orçamento na Assembleia da República e continuar a governar. Agora, se começamos a querer fazer disso o tema, quando ainda faltam tantos meses, vamos perder o foco naquilo que estas pessoas querem nas suas vidas, no que diz respeito aos poderes públicos”, vincou Montenegro.
Para o primeiro-ministro, o mais importante é “que haja respostas aos problemas que as pessoas sentem no dia a dia”.
“E é isso que estou aqui a fazer. Estou agora aqui, em Vieira do Minho, a inaugurar esta unidade de saúde, vou estar daqui a pouco em Braga a inaugurar um quartel dos bombeiros e ainda vou estar a abrir uma feira, em Monção [Feira do Alvarinho], que é uma mostra dos produtos que o território coloca, do ponto de vista do aproveitamento económico, no mercado, para poder gerar bons empregos”, salientou Luís Montenegro.
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