Trabalhadores da CP voltam à greve em 22 e 24 de julho
Para os sindicatos, "é inaceitável" que a administração da CP queira condicionar o acordo fechado com sindicatos com a aceitação da proposta de regulamento de carreiras.
Os trabalhadores da CP – Comboios de Portugal vão voltar a estar em greve nos dias 22 e 24 de julho, acusando a administração da empresa de apresentar uma proposta inaceitável. “Para além do plenário marcado para 11 de julho, um conjunto de sindicatos entregou à CP um pré-aviso de greve para os dias 22 e 24 deste mês”, lê-se numa nota da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).
Estes trabalhadores estiveram em greve no dia 28 de junho. Para os sindicatos, “é inaceitável” que a administração da CP, depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical, queira condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.
O Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), que tinha convocado uma greve entre 27 de junho e 14 de julho, entretanto suspensa, chegaram, recentemente, a acordo. A Fectrans defendeu que a proposta “aumenta a polivalência de funções e não valoriza a grela salarial”, o que disse ser uma “medida estratégica” para recrutar novos trabalhadores e manter os atuais.
Segundo a mesma nota, estava marcada para esta sexta uma reunião com a empresa, que foi desmarcada, uma vez que a CP tem que discutir o processo com a tutela. “[…] Esperamos que após isso venham com ideias mais claras para desenvolver o conflito e não com a mesma linha de confronto e provocação”, vincou. O plenário de dia 11 terá lugar na estação de Entrecampos, em Lisboa.
Para além das CT da CP e da IP e da Fectrans, subscrevem esta posição as associações sindicais das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO), assim como os sindicatos nacionais dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), dos Ferroviários do Movimento e Afins (SINAFE), Democrático da Ferrovia (Sindefer) e de Quadros Técnicos (SNAQ).
Soma-se o apoio dos sindicatos independentes dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), Nacional dos Ferroviários (SINFB), dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA) e dos sindicatos dos Transportes Ferroviários (STF) e dos Trabalhadores do Metro e Ferroviários (STMEFE).
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