Lusocargo reforça ligação à “placa giratória” do comércio europeu
A transitária portuguesa, comprada pelo grupo BBL, vai aumentar a sua ligação aos Países Baixos, nomeadamente ao Porto de Roterdão, uma importante ponte para os EUA e para a Ásia.
A Lusocargo, um dos maiores transitários do país, vai reforçar a sua ligação rodoviária aos Países Baixos, um dos principais mercados da empresa, através de uma parceria a empresa de transporte líder no país, a Van Duuren. Através desta aliança, a companhia vai aumentar a ligação àquela que é considerada a “placa giratória” do comércio europeu, de onde saem mercadorias para a Ásia e para os EUA.
A parceria com a empresa neerlandesa vai permitir à Lusocargo oferecer serviços logísticos e de transporte otimizados, assegurando uma entrega mais frequente e fiável das mercadorias entre ambas as geografias.
Esta aposta na sexta maior economia da União Europeia, um dos principais mercados da empresa portuguesa, é especialmente importante, dado o elevado nível de abertura ao exterior, com os Países Baixos a representarem um importante hub de transporte, nomeadamente através do porto de Roterdão, o maior da Europa, considerado uma placa giratória do comércio europeu, conforme adiantou a empresa ao ECO.
Apenas entre janeiro e abril de 2024, as exportações portuguesas para este mercado representaram mais de 850 milhões de euros. “Com a possibilidade de conexões diárias, tanto para Lisboa como do Porto, as importações e exportações que contarem com este serviço expresso de grupagem para transporte rodoviário de mercadorias ficam disponíveis num portal de tracking, de acesso online e intuitivo”, adianta uma nota, acrescentando que “a integração de tecnologias inovadoras vai permitir aumentar a eficiência operacional, reduzir os custos e melhorar a satisfação geral das empresas.”
“Estamos entusiasmados por unir forças com a Van Duuren nesta parceria estratégica. A expertise comprovada e recursos combinados reforçarão, sem dúvida, o relacionamento comercial contínuo e eficiente com os Países Baixos, um centro de distribuição de bens e capitais, especialmente da Ásia e EUA, que está no “top 10” das exportações nacionais. Representa, dessa forma, um mercado essencial para todas as empresas que pretendem intensificar a sua internacionalização”, refere João Silva, diretor-geral da Lusocargo.
A parceria tem como principais objetivos fortalecer as rotas comerciais, simplificar as operações logísticas e promover o crescimento económico entre os dois mercados, diz a empresa que tem atualmente em Espanha, Alemanha, França, Itália, Países Baixos, Turquia e Reino Unido os seus principais mercados.
Com cerca de 200 trabalhadores, o transporte rodoviário representa o core da atividade da Lusocargo, “desdobrando-se na importação, exportação e no transporte a nível nacional, sendo, atualmente, 86% da faturação anual”, explica João Silva, em declarações ao ECO.
Com a Europa a atravessar um momento de alguma instabilidade, o responsável explica que “é também pela visão do transporte rodoviário de mercadorias que podemos deparar-nos com um espelho do clima económico global.” “Ligamos, principalmente, empresas a empresas, ao largo de toda a Europa, pelo que a incerteza sobre que decisões serão tomadas a nível político desempenham bastante influência na forma como as empresas atuam, mas, principalmente, no modo como antecipam os próximos ciclos”, nota.
“Economias abertas ao exterior desempenham mais efeitos positivos do que negativos nos negócios e nas comunidades, pelo que os sinais de protecionismo a que temos vindo a assistir são sempre preocupantes”, alerta João Silva.
Fundada em 1984 e integrada no Gropo BBL, a Lusocargo dispõe de espaços físicos no Porto, Mealhada, Lisboa e Pombal, em áreas totais de 20.000 m² de armazéns e 5.000 m² de escritórios. “Com a integração no Grupo BBL, a Lusocargo ambiciona reforçar a sua capacidade, otimizando a qualidade e eficácia do serviço prestado aos seus clientes e que reforcem a posição da empresa como um dos líderes de mercado na organização do transporte internacional, nacional, logística e despachos aduaneiros”, realça o diretor-geral da transitária.
“O Grupo BBL está ativo em 20 países, principalmente na Europa, mas também no Brasil, EUA e México, e permanentemente atento a novas oportunidades de desenvolvimento da sua atividade“, remata.
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