Greenvolt lamenta morosidade dos licenciamentos das comunidades energéticas

  • Lusa
  • 18 Julho 2024

O CEO da Greenvolt disse que não existe no país mais de comunidades energéticas, porque existe “dificuldade em decidir” por parte das entidades públicas e privadas.

O presidente executivo da Greenvolt, João Manso Neto, lamentou esta quinta-feira que o país desenvolva poucos projetos dedicados às comunidades energéticas devido à morosidade dos licenciamentos, apesar da legislação portuguesa nesta matéria ser das “mais avançadas” da Europa.

De acordo com o responsável, que falava em Elvas (Portalegre) no decorrer da inauguração da Comunidade Energética da Galeria Alentejo, pertencente ao Grupo Nabeiro – Delta Cafés, é preciso ser “persistente” e “não desistir” deste tipo de projetos. O responsável destacou que Portugal possui uma legislação “muito avançada” em relação às comunidades energéticas, sendo uma das “mais avançadas” da Europa.

O CEO da Greenvolt disse ainda que não existe no país mais projetos desta natureza, porque existe “dificuldade em decidir” por parte das entidades públicas e privadas. “Porque é que há dificuldade em decidir, se isto é mais barato, é sustentável, porque é que as pessoas não decidem e, quando digo pessoas é quer o setor privado quer o setor público, porque entre o urgente e o importante, as pessoas preferem sempre o urgente e não têm tempo para o importante”, acrescentou.

Na mesma sessão, o presidente executivo do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, Rui Miguel Nabeiro, revelou que a energia consumida na Nova Delta é 100% oriunda de energia verde e que 70% dos departamentos comercias estão dotados de painéis fotovoltaicos. “Recentemente iniciámos a ampliação da capacidade de energia fotovoltaica para auto consumo na Nova Delta, onde a energia consumida é já 100% proveniente de fonte de energia verde”, disse

“Falando dos nossos departamentos nacionais, 70% já têm instalado painéis fotovoltaicos, continuamos a investir na frota elétrica que já conta hoje com 282 veículos elétricos e híbridos, representando mais de 35% da nossa frota total”, acrescentou. De acordo com o presidente executivo do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, este projeto que foi desenvolvido em Elvas, financiado para Greenvolt, coloca a Galeria Alentejo na “vanguarda” da transição energética em Portugal.

Através deste projeto, a Greenvolt Comunidades, empresa do Grupo Greenvolt, inaugurou a primeira comunidade da Greenvolt no Alentejo. Questionado pela Lusa sobre o investimento que foi feito em Elvas, o CEO da Greenvolt Comunidades, José Almeida, escusou-se a avançar com dados relativos a essa matéria, sublinhando tratar-se “de um valor comercial”.

As Galerias Alentejo, espaço localizado no centro daquela cidade raiana, está equipado com 162 painéis solares fotovoltaicos com uma capacidade instalada de 88 KWp, o que vai gerar 137 MWh anualmente, sendo que apenas uma parte dessa energia é utilizada pelas galerias. De acordo com a Greenvolt, os residentes num raio de dois quilómetros também vão poder beneficiar deste projeto.

A energia para autoconsumo representa apenas 32 MWh e o seu excedente energético não desperdiçado, mas sim partilhado. A “Comunidade de Energia das Galerias Alentejo” passará a contar com cerca de 100 MWh anuais que poderão ser consumidos por outras entidades que se juntem a esta comunidade, nomeadamente as restantes lojas presentes nesse espaço. Esta aposta do Grupo Nabeiro-Delta Cafés permitirá reduzir emissões de CO2 em mais de 35 toneladas.

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