Empresas de diferentes setores criticam relatórios e estudos que criam alertas de saúde injustificados

  • Servimedia
  • 22 Julho 2024

Nos últimos tempos, diferentes organizações, tanto de consumidores como ONG e outras entidades, afirmam “controlar” a qualidade do que os cidadãos consomem, gerando críticas de inúmeras empresas.

As queixas e, em alguns casos, as ações judiciais, provêm de diferentes setores: alimentação, distribuição, agricultura e cosmética. Alegam que os estudos comparativos de produtos, como os realizados pela OCU e outras organizações, criaram alarmes, nalguns casos “injustificados”, na população.

Um dos casos que citam é o dos relatórios sobre protetores solares, em que a OCU pede à Agência dos Medicamentos e Produtos de Saúde (AEMPS) que retire diferentes produtos. Afirmam que, apesar de a agência, que depende da Saúde, ter corrigido os estudos da OCU em várias ocasiões, a organização continua a defender os seus relatórios. Esta situação levou empresas como a Isdin e a Nivea a intentar ações judiciais contra a OCU.

Os alertas sanitários também aumentaram no setor alimentar. Morangos de Marrocos com hepatite B, laranjas do Egipto e pimentos verdes marroquinos com pesticidas… Algumas empresas consideram que todas estas notícias geram alarme entre os consumidores, o que tem repercussões na confiança dos consumidores, nas empresas importadoras e nos mercados espanhol e europeu, de acordo com uma análise recentemente efetuada pelo Instituto de Coordenadas de gobernanza y economía aplicada. As empresas assinalam que se trata de embustes, de desinformação ou, por vezes, de interesses comerciais e económicos que tentam desacreditar os concorrentes e, não raramente, os empresários espanhóis.

O caso do morango marroquino em que se diz ter sido detetada a hepatite B foi um dos mais mediáticos dos últimos meses. Muitos meios de comunicação social e, mais tarde, associações de agricultores fizeram eco do alerta publicado pelo portal europeu de notificações sanitárias, mas não assinalaram que a notificação se referia a um controlo na fronteira e que, depois de efetuados todos os controlos, em momento algum estes morangos chegaram aos consumidores. O mesmo aconteceu com outra importação de morangos marroquinos contaminados com norovírus, que foram detetados na fronteira e não chegaram aos mercados.

Outro caso de alerta sanitário que algumas empresas consideram “injustificado” foi denunciado por empresas do sector alimentar, uma vez que, segundo o jornal ‘El Mundo’, a ONG ‘Observatorio del Bienestar Animal’ está a chantagear supermercados e marcas para que estabeleçam acordos de colaboração com eles e, se não o fizerem, ameaçam-nos com informações negativas sobre os seus produtos e as suas práticas contra o bem-estar animal.

Nestes casos, as associações de agricultores denunciam que estas “notícias alarmistas” dão a impressão de que cada agricultor faz o que quer com os seus animais, “e nada poderia estar mais longe da verdade”. Por esta razão, exigem que tanto o Ministério da Agricultura como a Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutricional (Aesan) “respondam ativamente aos embustes e às deturpações da realidade”.

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