Taxa de juro do crédito às empresas renova mínimos de um ano
O preço do financiamento bancário às empresas caiu em junho para 5,46%, renovando mínimos de maio do ano passado. Ao mesmo tempo, o montante de novas operações de empréstimos disparou 29%.
O custo do crédito para as empresas deu sinais de alívio em junho, mas permanece em níveis historicamente elevados. Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos às empresas recuou 17 pontos base, fixando-se em 5,46% em junho, face aos 5,63% registados em maio.
Esta descida é um balão de oxigénio para o tecido empresarial português, que tem enfrentado um ambiente de financiamento cada vez mais desafiante. No entanto, é importante notar que apesar de estarem atualmente no nível mais baixo desde maio de 2023, as taxas permanecem significativamente acima dos níveis pré-pandemia.
O Banco de Portugal nota que a descida na taxa de juro média foi observada tanto nos empréstimos até 1 milhão de euros, que caíram 4 pontos base para 5,69%, como nos empréstimos acima de 1 milhão de euros, que desceram 21 pontos base, fixando-se em 5,27%.
Apesar do custo do crédito continuar elevado, o tecido empresarial não tem mostrado sinais de retração na procura por financiamento. O montante de novas operações de empréstimos concedidos às empresas disparou para 2.364 milhões de euros em junho, 29% mais do que em maio, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.
Este crescimento deveu-se principalmente ao aumento dos novos contratos, cujo montante subiu 549 milhões de euros, atingindo 2.063 milhões de euros. Em contraste, os contratos renegociados registaram uma ligeira diminuição de 17 milhões de euros, fixando-se em 301 milhões de euros.
Os dados do Banco de Portugal revelam também que, tal como nos particulares, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de empresas também registou uma ligeira diminuição, passando de 3,30% em maio para 3,27% em junho.
O montante das novas operações de depósitos totalizou 7.479 milhões de euros, uma diminuição de 96 milhões de euros em comparação com o mês anterior, e a maioria destes depósitos (99%) tratam-se de aplicações até 1 ano, refletindo uma clara preferência das empresas por depósitos com prazos mais curtos.
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