Lucros da Novabase descem 32% para 2,8 milhões devido à venda da Neotalent

Sem considerar a venda do negócio de recrutamento em tecnologias de informação, Neotalent, alienado no ano passado para “concentrar todos os recursos no negócio Next-Gen”, lucros cresceram.

A Novabase, que no ano passado vendeu o seu negócio de recrutamento em tecnologias de informação, Neotalent, por cerca de 50 milhões, para “concentrar todos os recursos no negócio Next-Gen”, fechou a primeira metade do ano com um resultado líquido de 2,8 milhões de euros, menos 32% que em igual período do ano passado, precisamente a refletir esta alienação. Sem contabilizar esta unidade, os lucros das operações continuadas cresceram 16% para 2,5 milhões.

Em comunicado enviado à CMVM, a Novabase explica que a quebra dos lucros é justificada pela “alienação em 2023 do negócio Neotalent, cujos resultados são apresentados em operações descontinuadas”. A empresa acrescenta ainda que no primeiro semestre do ano foi registado um ajustamento à mais-valia de 400 mil euros, na sequência do apuramento final das cláusulas de preço definidas no Contrato.

“Os resultados da Novabase no 1º semestre de 2024 revelam a continuação da execução da nossa estratégia nas atuais condições do mercado: o volume de negócios cresceu 1%, o EBITDA 5% e o resultado líquido das operações continuadas 16%”, escreve o CEO Luís Paulo Salvado, numa mensagem partilhada na apresentação de resultados.

A Novabase fechou o semestre com um volume de negócios de 65,9 milhões de euros e um EBITDA de 5,3 milhões – números que não incluem as operações descontinuadas.

O líder da tecnológica realça que, “no segmento Next-Gen, onde a atividade internacional representa mais de 70% do negócio, o EBITDA aumentou 8%, ultrapassando os dois dígitos percentuais.” “O número de colaboradores cresceu 1%, em linha com os proveitos, e a taxa de atrição desceu para menos de 11%, uma melhoria face aos períodos anteriores. Tal resultou de uma proposta de valor mais competitiva para o talento e do atual contexto macroeconómico, mais favorável para a retenção”, acrescenta.

Olhando para o futuro, o CEO da empresa nota que “apesar da incerteza que persiste para o resto do ano, manteremos o rumo estratégico definido. Agradecemos às nossas equipas pelo seu trabalho, confiando na sua capacidade para superarmos os desafios futuros.”

Venda da Neotalent deu direito a dividendo adicional

A remuneração acionista total da Novabase aumentou 35% no primeiro semestre do ano, a beneficiar de um ganho adicional devido à venda do negócio de IT Staffing. Atendendo a este negócio, a Novabase pagou 1,79 euros por cada ação, dando aos acionistas a possibilidade de optar pela atribuição de ações da mesma classe a serem emitidas para o efeito.

Segundo a empresa, 80% dos acionistas escolheram receber o seu dividendo em ações da empresa. Assim, dos 46 milhões de euros distribuídos, 38 milhões foram remunerados em ações, para a qual a empresa realizou um aumento de capital, correspondendo à emissão de 9.234.565 novas ações.

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