#17 As férias de Rita Nabeiro. Pensar só no vinho

CEO da Adega Mayor e administradora do Grupo Nabeiro sabe que nas férias de verão não pode desligar tanto por causa das vindimas, mas conta aproveitar o descanso para ganhar energia e novas ideias.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Rita Nabeiro aproveita as férias para “desconectar ainda mais dos ecrãs”, mas a música “nunca pode faltar” neste período de pausa. Que, por coincidir com as vindimas na Adega Mayor, faz com que a gestora tenha de esta atenta ao que se está a passar no terreno e “disponível para o que for necessário”. Nas férias de verão, a administradora executiva do grupo que detém a Delta tenta não pensar em trabalho ou refletir sobre decisões estratégicas, mas reconhece que “é nas alturas em que estamos mais serenos e disponíveis, que nos tornamos mais recetivos a estímulos”.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Estou a acabar de ler o livro “Let my people go surfing”, do Yvon Chouinard, fundador da Patagonia. Fala da história e filosofia desta marca inspiradora e é uma espécie de bíblia para uma gestão mais ética, inovadora e sustentável. Em paralelo, vou levar comigo a “Viagem do Elefante” do José Saramago e “Hans – Sob o peso das rodas”, do Herman Hesse.

Nos podcasts destaco o “What Now?” do Trevor Noah, o “Geração 80” e o “Fala com Ela”, que já está no ar há muitos anos. Não vejo muitas séries e, nas férias, aproveito para me desconectar ainda mais dos ecrãs, mas a música nunca pode faltar.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Se viajar para lugares mais longínquos e noutras alturas do ano, torna-se mais fácil desligar devido à diferença do fuso horário. Mas o verão coincide com o período de vindima na Adega Mayor, pelo que tento acompanhar o que se está a passar no terreno, mantendo-me atenta e disponível para o que for necessário, por parte da minha equipa.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

Acredito que os períodos de descanso e recuperação são fundamentais. Nas férias procuro não pensar em trabalho ou refletir sobre decisões estratégicas. Não obstante, é nas alturas em que estamos mais serenos e disponíveis, que nos tornamos mais recetivos a estímulos. Por isso, não sendo intencional, costumo regressar com mais energia, novas ideias e, consequentemente, um olhar renovado sobre a minha realidade e os projetos em que estou envolvida.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Tendo em conta que em setembro o setor do vinho ainda estará em vindima, acredito que os temas mais marcantes serão as quantidades de produção. Estima-se que poderá haver um excedente e isso poderá marcar o ano. Mas sendo um setor muito exposto às condições meteorológicas, tudo pode mudar quando menos esperamos. Por isso, como diz o ditado, “até ao lavar dos cestos é vindima”.

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