#22 As férias de António Portela. “Oportunidade imensa” na rentrée
CEO da Bial leva três livros e quatro séries na bagagem para estas férias, contando “fazer um reset” para “voltar com as energias totalmente carregadas”.
- Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.
Para António Portela, “fazer um ‘reset’ é fundamental para voltar com as energias totalmente carregadas”. Mas “sem a pressão do dia a dia”, o CEO da Bial vai aproveitar as férias para “refletir sobre os próximos grandes passos, seja a nível profissional, seja pessoal”. No regresso, o gestor já sabe que terá a cabeça ocupada com a revisão da legislação europeia da indústria farmacêutica e com a “oportunidade imensa” de captar uma fatia maior do investimento em I&D para o setor em Portugal.
Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?
Levo o “Grande Livro do Adolescente” do Mário Cordeiro, “A Era da Incerteza” do Tobias Hürter” e o “Vaticanum” do José Rodrigues dos Santos. Nas séries, marquei o “Explained”, “Berlin”, “Live to 100: secrets of the blue zones” e “Gentlemen”. Nos podcasts apenas levo alguns episódios do “Top of Mind”, podcast da Bial dedicado a temas de saúde, que ainda não ouvi.
Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?
Procuro desligar totalmente. Estamos disponíveis para falarmos se for necessário, mas o objetivo é não nos incomodarmos neste período de férias. Quero aproveitar o tempo com a família e para descansar o mais possível. Fazer um “reset” é fundamental para voltar com as energias totalmente carregadas.
As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?
Inevitavelmente é um momento de reflexão. Sem a pressão do dia a dia, permite-me também pensar em alguns temas mais a fundo e refletir sobre os próximos grandes passos, seja a nível profissional, seja pessoal.
Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?
A revisão da legislação europeia da indústria farmacêutica, que está em discussão, é um dos grandes temas que temos em aberto. É necessário ainda trabalhar muito para termos uma solução que permita melhorar o acesso dos cidadãos europeus ao medicamento e que melhore de forma significativa a capacidade de inovação da Europa nos próximos anos.
A nível interno será importante continuar a trabalhar para desenvolver todo o potencial da área da saúde em Portugal. Temos formado excelentes profissionais, mas precisamos de apostar em projetos de inovação e atrair investimento para desenvolver projetos e parcerias de grande inovação. A indústria farmacêutica investe 44 mil milhões de euros todos os anos em I&D na Europa. Para Portugal vêm apenas cerca de 100 milhões de euros. Temos uma oportunidade imensa.
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