Itália, Equador e Tailândia dão três golpes contra as transmissões ilegais de futebol na Internet

  • Servimedia
  • 9 Agosto 2024

A LALIGA junta-se a outras competições e organismos europeus que apelam à X para que tome mais medidas na Pluta contra a pirataria.

As autoridades de Itália, do Equador e da Tailândia empreenderam nos últimos dias três importantes ações contra a fraude audiovisual, reforçando a luta que se trava a nível mundial neste domínio para fazer face a um problema que, no caso do futebol espanhol, provoca a perda de cerca de 600 milhões de euros por ano.

De facto, a associação patronal do futebol espanhol juntou-se recentemente a 14 organizações, como a Premier League, a Bundesliga e a Serie A italiana, para enviar uma carta a Linda Yaccarino, CEO da X, a rede social detida por Elon Musk, para exigir “atenção imediata” às “falhas na luta contra a fraude audiovisual” na plataforma e “solicitar urgentemente uma reunião com os seus representantes devido ao que consideramos uma situação inaceitável”. A carta critica ainda “a atitude da X relativamente à remoção de conteúdos ilegais em direto”, porque “é claramente insuficiente e inadequada”.

Este é mais um exemplo dos esforços conjuntos globais que estão a ser desenvolvidos em todo o mundo contra o flagelo da pirataria audiovisual, que a LALIGA lidera em Espanha. Por exemplo, no Equador, foi levada a cabo uma importante operação contra a pirataria em coordenação com vários operadores de Internet, como a Celerity, a Xtrim e a Netlife, que, na sequência de uma resolução judicial, bloquearam vários endereços IP para impedir a difusão de conteúdos audiovisuais ilegais.

Como resultado desta operação, a MagisTV, uma das plataformas “piratas” latino-americanas mais populares a nível internacional, que oferece conteúdos protegidos por direitos de autor roubados de outras fontes em troca de uma assinatura, foi bloqueada no Equador. A plataforma disse em comunicado que, devido ao bloqueio, “não pode oferecer um sinal ao vivo” do conteúdo, reconhecendo que se trata de um “serviço ilegal de IPTV”, o que pode “levar a este tipo de inconveniência” para os seus utilizadores.

A LigaPro, congénere da LALIGA no Equador, emitiu outro comunicado em que se congratula com esta ação, depois de ter sido vítima de uma fraude que “causa muitos danos à indústria do futebol e, por conseguinte, aos nossos clubes e jogadores”.

Entretanto, o Departamento de Investigações Especiais (DSI) da Tailândia descobriu uma rede ilegal de streaming e apostas em linha. As autoridades tailandesas acreditam que a rede utilizava uma lavagem de carros como cobertura para transmitir jogos de futebol no estrangeiro para os seus 30.000 membros, causando prejuízos superiores a 74,7 milhões de euros, de acordo com os meios de comunicação social locais.

Neste contexto, os detidos foram acusados de violação dos direitos de transmissão do último campeonato europeu de futebol na Alemanha e de branqueamento de capitais.

Segundo o meio de comunicação social italiano Repubblica, a autoridade para a garantia das comunicações em Itália (Agcom) quer obrigar a Google a introduzir mais medidas de luta contra a fraude audiovisual. Neste contexto, pede à empresa americana que limite a pesquisa de sítios que ofereçam serviços de IPTV em território italiano. Uma ação contra este tipo de sítios foi também implementada no passado pelo Reino Unido.

Para tentar evitar este tipo de roubo, a Itália, um dos países com uma das legislações mais avançadas em matéria de luta contra a fraude audiovisual, lançou o sistema Piracy Shield, que permite bloquear as retransmissões nos 30 minutos seguintes ao envio de um aviso pelo organismo governamental correspondente aos operadores que alojam os conteúdos ilegais em streaming.

Estas últimas operações levadas a cabo em vários países marcam a luta contra a fraude audiovisual a nível internacional, evitando assim riscos para os utilizadores, como no caso daqueles que contratam serviços ilegais contra pagamento.

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