Inapa pede insolvência da subsidiária espanhola no tribunal de Madrid
A Inapa apresentou o tribunal de comércio de Madrid um pedido de "declaração de insolvência" da sua subsidiária espanhola, na sequência do processo de insolvência da sociedade portuguesa.
A Inapa apresentou junto do tribunal de comércio de Madrid um pedido de “declaração de insolvência” da sua subsidiária espanhola, na sequência do processo de insolvência da sociedade portuguesa.
Numa comunicação ao mercado, a Inapa informou que a sua subsidiária Inapa España Distribución de Papel SA procedeu na quarta-feira “à apresentação junto do tribunal do comércio de Madrid (‘Juzgado de lo Mercantil de Madrid’) de um pedido de declaração de insolvência (‘solicitud de concurso voluntario’)”.
“Este pedido é uma consequência direta da declaração de insolvência da Inapa IPG, comunicada ao mercado no passado dia 21 de julho”, lê-se na nota, acrescentando que a situação decorre da insolvência da sociedade ter determinado (entre outras circunstâncias com impacto negativo para o património da subsidiária) a interrupção do fornecimento de papel à empresa espanhola.
A sentença de declaração de insolvência da Inapa foi proferida a 1 de agosto no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra, e foi nomeado para administrador da insolvência Bruno Miguel da Costa Pereira.
Além da interrupção do fornecimento de papel, concorreu ainda para a decisão “o vencimento antecipado de determinadas linhas de crédito bancárias obtidas pela subsidiária e o reconhecimento, nos capitais próprios, da imparidade dos saldos a receber pela subsidiária da Inapa IPG”, acrescenta-se no comunicado.
“O processo de insolvência da subsidiária seguirá os trâmites previstos na legislação espanhola”, conclui-se na nota da Inapa — Investimentos, Participações e Gestão, SA.
A sentença de declaração de insolvência da Inapa foi proferida a 1 de agosto no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra, segundo um anúncio no portal Citius, e foi nomeado para administrador da insolvência Bruno Miguel da Costa Pereira, que já lidou com processos como o da Groundforce e da empresa de produção de cogumelos Sousacamp.
No anúncio, indicou-se também que a 27 de setembro se realiza a reunião de assembleia de credores de apreciação do relatório, depois de a Inapa ter apresentado o pedido de insolvência junto do Juízo de Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste em 29 de julho.
A situação de insolvência da Inapa IPG foi desencadeada “por uma carência pontual de tesouraria de curto prazo da sua subsidiária Inapa Deutschland GmbH (‘Inapa Deutschland’), em montante de 12 milhões de euros, para a qual não se encontrou solução de financiamento” até 22 de julho, “prazo estabelecido pela lei alemã, o que resultou na apresentação à insolvência da Inapa Deutschland nesse dia”, explicou na altura a empresa.
O grupo Inapa foi fundado em 1965 e tem como principal acionista a empresa pública Parpública, com 44,89% do capital social, enquanto a empresa Nova Expressão tem 10,85% e o Novo Banco 6,55%, e o restante capital está disperso.
Foi conhecido em julho que a Inapa tinha pedido uma injeção de 12 milhões de euros para necessidades de tesouraria imediatas, mas o Ministério das Finanças disse que a Parpública não iria conceder à empresa os financiamentos pedidos.
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