PS “vai ter e apoiar candidato” nas presidenciais, diz Pedro Nuno Santos
"O Partido Socialista, ao contrário do que aconteceu nas duas últimas eleições, vai ter e vai apoiar um candidato”, afirmou o Secretário-Geral do PS.
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, antecipou esta sexta-feira que o seu partido “vai ter e vai apoiar um candidato” nas próximas presidenciais, “ao contrário do que aconteceu nas duas últimas eleições”. “Estamos longe desse momento”, mas “o que é claro para nós é que o Partido Socialista, ao contrário do que aconteceu nas duas últimas eleições, vai ter e vai apoiar um candidato”, afirmou.
Em declarações aos jornalistas, durante uma visita à Feira de Agosto de Grândola, no distrito de Setúbal, Pedro Nuno Santos frisou que “é certinho” que, nas próximas eleições presidenciais, o seu partido terá um candidato. “Nós não vamos para eleições presidenciais sem uma posição definida. Vamos ter uma posição definida e vamos apoiar um candidato”, sublinhou.
O líder socialista foi questionado pelos jornalistas sobre declarações publicadas pelo Expresso do líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que juntou o nome de Leonor Beleza à lista de possíveis candidatos às presidenciais. Instado sobre se o PS já tem alguma personalidade que possa anunciar às presidenciais, Pedro Nuno Santos, apesar de garantir que o partido vai ter candidato próprio, considerou que “ainda não é tempo” para discutir nomes.
“Nós ainda não estamos em tempo de presidenciais. Temos muito trabalho ainda pela frente, para já para desenvolver o nosso país”, argumentou. Para o líder do PS, é necessário é discutir “o futuro de forma estrutural e estratégica para o país”. “Nós não temos um Governo com uma visão e uma estratégia para Portugal, nós temos um governo que vai apresentando medidas de curto prazo, numa perspetiva eleitoralista”, criticou.
Por isso, e como também ainda vão ser realizadas eleições autárquicas antes, não é a altura de falar de presidenciais, para Pedro Nuno Santos: “Cada coisa no seu tempo, as presidenciais no tempo certo, não é agora”.
Questionado também em relação ao Orçamento do Estado (OE) para 2025, o líder socialista apelou “à responsabilidade do Governo”. “É o PSD que está a governar, é o PSD no Governo que tem que apresentar um OE e tem que ter a responsabilidade de conseguir promover negociações sérias com quem está na oposição”, defendeu.
Tratando-se de “um governo ultraminoritário” como o atual, este “tem que fazer um esforço adicional para assegurar que o seu orçamento passa”, frisou. “Em matéria de orçamento, estamos como estávamos em julho. O PS disse que só avançaria com negociação quando conhecesse as contas do orçamento, as previsões orçamentais, tanto para o ano de 2024, que ainda não terminou, como para 2025. Enquanto nós não tivermos informação orçamental, não avançaremos com negociação, não apresentaremos nenhuma proposta”, afiançou.
Em relação a nomes dos dois candidatos, um homem e uma mulher, que Portugal tem que propor, até dia 30 deste mês, para o posto de comissário europeu no novo executivo comunitário liderado por Ursula von der Leyen, Pedro Nuno Santos disse que essa é uma decisão do Governo.
“A única coisa que esperamos é que Portugal consiga uma pasta relevante, como aquela que nós tivemos nos últimos cinco anos, e que tenhamos um comissário ou uma comissária com a mesma dimensão, capacidade e inteligência política que tivemos, nos últimos cinco anos, com Elisa Ferreira”, referiu.
PS defende que “é preciso corrigir aquilo que não correu bem” com fogo na Madeira
O secretário-geral do PS defendeu ainda que é preciso “corrigir aquilo que não correu bem” no incêndio na Madeira, considerando ser importante “fazer a avaliação” dos acontecimentos para que sejam “tomadas medidas”.
“O que para nós é importante é que a cada catástrofe, a cada incêndio muito grave, se devam apurar o que aconteceu porque das informações que vamos obtendo, seja a partir da Madeira, seja o que vamos acompanhando no continente, é cada vez mais claro que as coisas não correram bem”, afirmou.
Para o líder socialista, que falava aos jornalistas, em Grândola, no distrito de Setúbal, durante uma visita que efetuou à Feira de Agosto, que se realiza até à próxima segunda-feira, é preciso “estudar, ouvir, discutir” para, mais tarde, “corrigir aquilo que não correu bem”.
(Notícia atualizada às 21h55 com mais informação)
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